segunda-feira, 12 de outubro de 2009

D. Afonso III. (II)

Como rei, a primeira imagem é ainda a do rei guerreiro, dotado de ousadia e destreza, que, servindo-se simultaneamente da audácia de soldado e das artes tortuosas da política, soube responder prontamente à progressão das conquistas de Castela, invadindo os territórios na foz do Guadiana e ultimando a conquista do Algarve. A esta se apõe a imagem do que, em face da situação ruinosa em que encontrou o reino, se afirmou «igual ao perigo, ousado, experiente e activo» (1), e também a do rei que reconheceu a importância dos concelhos e que, pela primeira vez, deu voz às resistências burguesas, ouvindo-as em cortes.
(…) um outro acto de grande relevo administrativo e fiscal são as inquirições, destinadas a inventariar reguengos, herdades foreiras ao rei, padroados da coroa, honras e coutos de nobres ou de Ordens e a avaliar o que andava ilegalmente subtraído ao património de Estado. Depois, o monarca, que admitira em 1254 os concelhos nas cortes, reconhece, em 1261, que só essa assembleia poderá decidir sobre a quebra da moeda.
[Leontina Ventura, Introdução, D. Afonso III, p. 25.]

Nota da Autora:

(1). — Herculano, 1980, II, pp. 499-500.
Até breve.

1 comentário:

ana sofia disse...

ola boa noite, somos estudantes e estamos a fazer um trabalho sobre a oredem dos templarios e a sua simbologia, mas estamos com alguma dificuldade em encontrar informção a esse nivel. sobretudo associada a castelo branco e a sua influencia na mesma região.agradecemos