sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ascensão e queda.

Guerra no Outremer.

Jerusalém estava de novo em mãos muçulmanas, e as outrora gloriosas Ordens Militares foram dizimadas, ou, pelo menos e até certo ponto, manchadas com fracasso e derrota. Todo o Reino de Jerusalém fora tomado, com excepção da inconquistável fortaleza de Belfort e da cidade de Tiro. O principado de Antioquia foi reduzido à cidade de Antioquia — conservada por Boemundo, seu governante, em consequência de uma trégua com Saladino — e ao castelo de al-Marqab. No condado de Tripoli, somente uma única torre em Tortosa, os dois pequenos castelos templários de Chastel Blanc e Chastel Rouge (Qala’at Yahmur), a inconquistável fortaleza hospitalária de Krak des Chevaliers e a cidade de Tripoli ainda estavam em mãos cristãs.
Os Templários emergem disso com pouco crédito: a coragem templária nunca foi posta em dúvida, mas muitas vezes foi colocada fora de lugar. Se a força total da Ordem na Síria latina fora, de facto, os seiscentos cavaleiros citados anteriormente, então metade desse número foi perdido em questão de semanas: 60 em Nazaré e 230 em Hattin.
(1) Outros foram perdidos em Darbsak e nas batalhas de menor importância da campanha de Saladino. Enquanto a Ordem estava no seu auge no Ocidente como potência financeira e proprietária de terras, no final do século XIII os Templários na Terra Santa eram um bando de homens abatidos e derrotados.
[Edward Burman, Templários: os Cavaleiros de Deus, pp. 133-134.]

Nota do Autor:

(1). — Riley-Smith, The Knights of St. John, p. 327n.

Até breve.

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