sábado, 19 de setembro de 2009

Matança dos monges de Cister em 1195. (II)

E que se pode crer piamente alcançaram estes religiosos a palma de mártires, pois em ódio particular da fé cristã deviam ser mortos pelos mouros. Governava então esta abadia D. Fernando, quarto em número entre os abades daquela insigne casa, cuja sepultura não pude achar entre os abades antigos; creio que seus ossos, com os demais religiosos que ali morreram, se trasladaram todos juntos para o capítulo de Alcobaça, aonde está uma campa entre as dos outros abades, em que diz que ali descansam, Hic requiescunt, sem nomear quem e como se nomeiam muitos em plural fora do estilo dos letreiros das outras sepulturas que estão juntas e são dos abades, me não ocorre quem possa ali jazer senão o abade e os monges que nesta ocasião juntamente morreram.
[António Brandão, fr., Crónica de D. Sancho I e D. Afonso II, p. 60.]
Até breve.

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