domingo, 13 de setembro de 2009

Penha.

Peña, Penna ou Penella, na baixa latinidade significava o cabeço, outeiro, monte, ou rochedo, em que antigamente se fundavam os castelos, praças, e outras defensões, muitas das quais chegaram e permanecem em nossos dias. (…) E daqui veio que os nossos maiores às peñas ou penhas, grandes, espaçosas, e bem capazes para alcácer, torres, muros, fossos, cavas, alojamentos, habitações, e nas quais se podiam recolher muitos indivíduos com apetrechos, e munições de boca e guerra, chamaram peñas ou castelos, v. g. Pena-Cova, Pena-Garcia, Pena-Verde, Penas-Juntas, Penas-Royas, Pena-de-Dono, etc., que todas foram castelos de consideração. Pelo contrário, uns castelejos insignificantes e que apenas serviam de recolher neles alguns víveres, e resistir a poucos salteadores, que se lançavam a roubar os campos, e que estavam construídos sobre algumas peñas altas, mas nada espaçosas para admitirem a defensão própria de um castelo, com a regularidade própria daquele tempo, se chamaram Penellas.
[Joaquim de Santa Rosa de Viterbo, fr., Elucidário, Vol. II (B-Z), p. 473.]

Até breve.

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