quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Sobre Elvas I.

O castelo de Elvas.


Da bravura e do seu acto deixa D. Sancho II expresso na outorga com que contemplou o cavaleiro de Paredes e sua mulher:


D. Sancho, pela graça de Deus, rei de Portugal. A vós, Afonso Mendes Sarracins de Paredes, e a vossa mulher, D. Sancha Álvares, faço escritura de doação e de perpétua firmeza daquele tributo que se me deve do couto de Paredes, para que vós o tenhais e possuais em vossa vida e depois façais dele o que quiserdes e o deixeis a quem for vossa vontade e vosse beneplácito. E isto faço pelos grandes serviços que vós, Afonso Mendes, me fizeste, principalmente em Elvas, aonde entraste nas cavas, expondo vosso corpo ao perigo de morte, por meu respeito, etc. Foi esta escritura em Elvas, estando presente D. João Fernandes, mordomo-mor de el-rei, o arcebispo D. Estevão*, D. Martim Anes, alferes-mor, e mestre Vicente, cancelário. E isto sucedeu na era de 1264** no mês de Julho.
[fr. António Brandão, Crónica de D. Sancho II e D. Afonso III, p. 26, Livraria Civilização, Porto, 1946.]

* D. Estevão Soares da Silva, arcebispo de Braga.
** O ano de 1264 da era de César, corresponde ao ano 1226 da era de Cristo.


Até breve.

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