terça-feira, 5 de janeiro de 2010

D. fr. João Lourenço.

Outra figura de grande relevo na Monsaraz dos fins do século XIII e princípios do século XIV foi a do cavaleiro templário D. João Lourenço, João Lourenço, de Monsaraz, como ele é mais conhecido através dos pergaminhos do seu tempo.
Gozou, por certo, de grande prestígio na vida da Corte e era personalidade muito conceituada e respeitada — «de bom saber e de boa autoridade» foi Rui de Pina quem o disse — junto do próprio rei D. Dinis.
E de tanto saber e autoridade que o monarca não teve dúvidas em o escolher e enviar a Avinhão, como embaixador, para negociar,
in solidum, com o cónego de Coimbra, Pedro Peres, e por forma «que a condição de hum nam seja melhor que a do outro» como se especifica nos termos da carta que os acreditava junto do papa João XXII, a conversão da Ordem do Templo na nova Ordem portuguesa de Cristo, da qual ele próprio, João Lourenço, de Monsaraz, veio a ser o segundo Mestre e sucessor do donatário de Terena, D. Gil Martins, que o rei havia ido buscar ao mestrado de Avis para tomar nas mãos os destinos da nova casa dos cavaleiros de Castro Marim.
[José Pires Gonçalves, Monsaraz da reconquista, Anais, Academia Portuguesa de História, Volume 25, 1979, pp. 31-32.]

Até breve.

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