domingo, 28 de setembro de 2008

Memória do Mestre, D. fr. Martim Martins.

Sobre a porta do castelo de Idanha-a-Velha, até ao início do século XX, se conservaram as memórias deste Mestre [D. fr. Martim Martins], numa lápide de pedra.
A sua laje sepulcral (que deveria ter estado primitivamente no panteão de Santa Maria dos Olivais de Tomar), foi oferecida ao coronel Garcês Teixeira, cerca de 1924, pelo proprietário duma Quinta situada cerca da Igreja de Santa Maria do Olival (possivelmente o sr. Albino de Lima Simões), servia de ponte sobre o ribeiro Salgado. A laje, que mede 2, 02m X 0,80 cm, é plana. A pedra tem uma cruz chã, firmada, de pé alto. O primeiro e segundo quartéis formados pela cruz nada mostra no centro; o terceiro é ocupado por uma espada de folha larga, arredonda na ponta, com punho maçanetado e as guardas curvas, voltadas para a lâmina, na qual se encontram distribuídos três escudos boleados, um junto das guardas e os dois restantes no terço médio, afastados; o quarto, ostenta um escudo boleado, com sete faixas, armas que também se encontram nos escudos da espada, embora só com três peças. A legenda, em caracteres latinos de transição, diz
:

E: FOI: MAEST’:DO: TEPLE: NOS: T’S: REINOS
Este escudo, faixado, podia muito bem ter sido o de D. Martim Martins, como neto de D. Pedro Pais, o Alferes, c. c. D. Elvira Viegas, visto que D. Sancha Rodrigues de Briteiros, bisneta de «o Alferes» usava um escudo com três faixas enxadrezadas. O que está de acordo com os costumes da época.
[Amorim Rosa, Anais do Município de Tomar, Vol. VIII (1137-1453), p. 108 (citando um artigo de António Machado de Faria, publicado no Vol. II, dos Anais da União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo, sobre elementos fornecidos pelo arqueólogo Francisco Garcês Teixeira), Ed. Câmara Municipal de Tomar, 1972.]

Até breve.

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