sábado, 6 de setembro de 2008

Muçulmanos e Templários.

Alguns falsários da história do Templo fizeram supor que entre a Ordem e os muçulmanos existiram relações mais que amistosas e que estes cavaleiros cristãos e certos sábios muçulmanos teriam mantido encontros secretos nos quais os ulemas (*) lhes teriam transmitido ocultos conhecimentos. Mas as crónicas muçulmanas, sem excepção, indicam exactamente o contrário.
Os muçulmanos definiram os cruzados que lutaram na Terra Santa, nos séculos XII e XIII, como «cães», «infiéis», «homens sem escrúpulos», «assassinos»…, termos tornados ainda mais azedos quando se referiam aos templários. O Templo foi o principal e mais odiado inimigo do Islão no Oriente, e assim permaneceu quando Saladino, o caudilho muçulmano, recuperou Jerusalém em 1187: mandou de imediato destruir todas as construções levantadas pelos templários na mesquita de al-Aqsa, sede da Ordem, para depois purificar o lugar lavando os chãos e as paredes com água de rosas trazida de Damasco. Templo e Islão sempre foram incompatíveis
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[José Luis Corral Lafuente, Templarios en Tierra Santa, los monjes de la guerra, Historia, National Geographic, nº 42, p. 90.]

(*). — Mestres da lei islâmica e grandes conhecedores das tradições corânicas. Do árabe ‘ulama’ e de ‘alim, que era um mestre em matérias teológicas e jurídicas. (Diccionario de uso del Español actual, SM, pp. 1815-1816, 1997, Madrid.)
Até breve.

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