domingo, 9 de novembro de 2008

A Ordem estabelece-se. II

Sabendo-se aceite, protegida pela rainha, pelo infante [que ainda não contestava o reino] e pela alta nobreza do condado, começa a construir, através das doações (1) que entretanto recebera, os castelos de Ega, Redinha e Pombal, na zona de Coimbra, bem como algumas igrejas. Recebe os primeiros membros, filhos dessa nobreza. (2)
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 58.]

Notas do Autor:

(1). — Naquele tempo, nem todas as doações eram assinadas — quando recebidas — pelos Mestres; ou, melhor dizendo, pelos Procuradores.
(2). — Cedo se instalou a nova Ordem em Portugal. (...) quando Hugo de Payns veio da Palestina à Europa, a fim de assentar a Ordem incipiente em bases mais largas, um seu irmão de religião, chamado Raimundo Bernardo, presumivelmente francês ou catalão, dirigiu-se para a Península Ibérica, para reunir dinheiro ou alistar membros para a Ordem. Em Março de 1128, estava ele em Braga, na corte da rainha portuguesa D. Teresa. Esta deve ter compreendido imediatamente a importância da nova corporação para a sua terra, pois logo se empenhou em persuadir os cavaleiros a estabelecer residência em Portugal e a empreender guerra contra os mouros. [Monumenta Henricina, Vol. I, p. 6, nota 5 — direcção de A. J. Dias Diniz e Comissão Executiva das Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique.] (Ibidem, p. 58, notas 116 e 117.)

Até breve.

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