segunda-feira, 20 de abril de 2009

Avanço cristão a sul de Coimbra.

Se a confirmação da doação de Soure aos templários, em 1129 ou 1130, foi o prenúncio do grande envolvimento de Afonso Henriques nas terras a sul de Coimbra (ao mesmo tempo que mostra que o expansionismo para o Norte não fora ideia exclusiva), a primeira resposta do novo chefe dos Portugueses ao ímpeto agressivo dos Almorávidas encontrou-se na fundação do castelo de Leiria, em 1135, como ponta de defesa avançada da região e de apoio para razias cristãs em território muçulmano.
E que o sul começava a ganhar significado no seu pensamento e na sua acção mostraram-no as devastações do seu alferes Fernando Cativo, por 1134-1135, na região de Ladeia, o fossado do mesmo nome e na mesma região, do comando do infante, cerca de 1136-1137, e ainda a concessão dos forais a Miranda
[do Corvo] e Penela, pelos mesmos anos (1).
[Maria Alegria Fernandes Marques, A Viabilização de um Reino, p. 26, O Poder e o Espaço, Portugal em definição de fronteiras, Do condado portucalense à crise do século XIV, coord. de Maria Helena da Cruz Coelho e Armando Luís de Carvalho Homem, in Nova História de Portugal, Vol. III, dir. de Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, Editorial Presença, Lisboa, 1996.]

Nota do Autor:

(1). — E que davam uma importância fundamental à cavalaria vilã, como a circunstância requeria. Seguem o foral de Coimbra, de 1111.
Até breve.

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