sábado, 20 de junho de 2009

Ataques almorávidas a Leiria e castelos limítrofes, entre 1116 e 1144. (I)

Foi neste contexto que se processou, anos mais tarde, a fundação de Leiria no Inverno de 1135. Momento que coincidiu com as presúrias de Fernão Peres Cativo na região de Ladeia, entre 1134 e 1135, e o fossado comandado também por este cavaleiro na mesma região cerca de 1136-1137. Por seu turno, D. Afonso Henriques concederia forais a Miranda do Corvo em 1136, e a Penela em 1137, fazendo também edificar novos castelos em Germanelo (Rabaçal), em 1142, e em Alvorge (1141-1169). A consolidação do senhorio cristão nestes locais permitiu, entretanto, a afirmação da comunidade leiriense que, mau grado os pesados reveses entretanto sofridos, receberia carta de foral em 1142.
Estes avanços cristãos sofreram fortes retaliações por parte dos Muçulmanos. Neste caso estão os ataques efectuados contra Soure e Miranda do Corvo em 1116, e sobretudo contra leira em 1137, 1140 e, uma vez mais, em 1144.
Leira sofreu um importante ataque almorávida e sarraceno em 1137, após uma pesada derrota dos Cristãos sofrida próximo de Tomar. O seu castelo, entretanto edificado, não deve, contudo, ter sido tomado, como defende Luís Gonzaga de Azevedo
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[Saul António Gomes, Introdução à História do Castelo de Leiria, p. 23.]
Até breve.

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