sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cavaleiros e clérigos na Tomar medieval.

Figuração de cavaleiro e freires templários.

Do ponto de vista eclesiástico, Tomar possuía uma estrutura menos comum, até pelo facto de gozar de isenção episcopal, dependendo directamente da Sé Apostólica.
O serviço religioso na vila e termo competia ao vigário de Tomar, acolitado pelos seus capelães. Estes eram, em meados de Quatrocentos, em número de quinze, distribuídos pela igreja matriz de Santa Maria do Olival (um capelão principal e seis coadjuvantes), pelas duas capelanias da vila (geralmente chamadas paróquias ou freguesias, posto que, em rigor, o não fossem) — Santa Maria do Castelo e S. João Baptista — e ainda pelas seis do termo.
Um freire clérigo exercia as funções de vigário de Tomar, usufruindo das rendas e direitos do espiritual da vila. Com tais rendimentos, provia ao seu sustento e ao dos capelães, clérigos e tesoureiros, imprescindíveis à prática cultual da igreja matriz e nas capelas da vila e termo.
O comendador de Tomar reservava para si parte das rendas do temporal de Tomar. Era o alcaide do castelo e mantinha consigo um cavaleiro-freire. Cinco outros comendadores, com dotações mais modestas que o da vila, existiam no termo de Tomar: na Beselga, Prado, Paúl (Cem Soldos), Lousã e Pias. Este último assegurava também a manutenção de um cavaleiro
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[Manuel Sílvio Alves Conde, Tomar Medieval, pp. 164-166.]
Até breve.

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