quarta-feira, 10 de junho de 2009

Castelos Templários no Outremer. (IV)

Representação de castelo Templário, do Outremer.

Qualquer destes exemplos do século XII no Reino de Jerusalém é esclarecedor da preferência manifestada pela hierarquia da ordem em se estabelecer nas principais estradas utilizadas pelos peregrinos — ao invés de constituírem centros administrativos de territórios — acentuando a vocação protectora que São Bernardo tanto sublimava nestes guerreiros. Mas era evidente a necessidade de os seus cavaleiros assegurarem a provisão das cidades costeiras (1), essenciais para manter um contacto com o Ocidente e para poder controlar as trocas comerciais — realizadas sobretudo através dos navios das cidades italianas — que constituíam uma importante fonte de rendimento. Isso foi especialmente evidente após o fracasso de Hattin. A Terceira Cruzada, apesar de ter permitido a recuperação de alguns portos fundamentais, como Acre, Haifa, Cesareia e Jaffa, não logrou reconquistar Jerusalém.
[Nuno Villamariz Oliveira, Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314, Vol. I, p. 130.]

Nota do Autor:

(1). — Estas urbes eram, na prática, verdadeiros enclaves coloniais, com quarteirões bem delimitados, onde os mercadores, sobretudo de proveniência itálica, obtinham grandes privilégios, dentre os quais a isenção de impostos alfandegários.

Até breve.

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