segunda-feira, 1 de junho de 2009

Revelação e avaliação dos factos.

Há muitos vezes na história ao lado dos factos públicos outros sucedidos nas trevas, os quais frequentemente são a causa verdadeira daqueles e que os explicariam se fossem revelados. Mas ordinariamente, não passando de enredos obscuros, a notícia de tais factos morre com os que neles intervieram, e o mais que ao historiador cabe, quando crê descortiná-los, é apontar as suas suspeitas e deixar aos que o lêem avaliar o fundado ou infundado delas.
[Alexandre Herculano, História de Portugal, Desde o começo da monarquia até o fim do reinado de Afonso III, Tomo I, Livro I, p. 321.]

Até breve.

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