Ocupado durante algum tempo com a organização dos novos territórios, de certo modo também impedido pelo tratado de Sahagún (1), só nos finais da década seguinte Afonso Henriques, directamente ou em acções interpostas, mas apoiadas por si, voltou às ofensivas militares contra os muçulmanos, agora já sob domínio dos Almóhadas. Durante duas décadas sucederam-se os combates no Alentejo, que trouxeram aos cristãos as praças de Alcácer [do Sal], Beja, Évora, Cáceres, Trujillo, Montánchez, Moura, Alconchel, Serpa, Juromenha. Foi, pois, intensa a luta no Além-Tejo, centrando-se nas fortalezas à volta de Badajoz, numa perspectiva que levava ao desejo de conquistar esta praça, por então a mais importante do ocidente peninsular, ao mesmo tempo que poderia representar um obstáculo à expansão leonesa para o Sul (2), por um lado, pela dianteira que os Portugueses lhe levavam no terreno, na luta contra os muçulmanos, por outro, porque Castela se ocupava das conquistas a oriente da cintura defensiva de Badajoz.
[Maria Alegria Fernandes Marques, A Viabilização de um Reino, p. 30.]
Notas da Autora:
(1). — Celebrado em 1158, entre os herdeiros de Afonso VII, Fernando II de Leão e Sancho III de Castela.
(2). — Por isso, a aliança, no momento, entre Fernando II de Leão e o califa almóada. Cremos que, na circunstância, este perigo pesou muito mais na determinação de Fernando II que as disposições do tratado de Sahagún, que afectavam ao rei de Leão os territórios do Alentejo e do Algarve.
[Maria Alegria Fernandes Marques, A Viabilização de um Reino, p. 30.]
Notas da Autora:
(1). — Celebrado em 1158, entre os herdeiros de Afonso VII, Fernando II de Leão e Sancho III de Castela.
(2). — Por isso, a aliança, no momento, entre Fernando II de Leão e o califa almóada. Cremos que, na circunstância, este perigo pesou muito mais na determinação de Fernando II que as disposições do tratado de Sahagún, que afectavam ao rei de Leão os territórios do Alentejo e do Algarve.
Até breve.
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