quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Autores e Obras citados de 1.Setembro.2009 a 29.Setembro.2009.

Monge escrivão.



(a Autores e a Obras anteriormente referenciados, apenas se lhes citam os nomes e respectivos títulos.)

Adeline Rucquoi, História Medieval da Península Ibérica,
Alexandre Herculano, História de Portugal, Desde o começo da monarquia até o fim do reinado de Afonso III, Tomo I, Livro II;
António Brandão, fr., Crónica de D. Sancho I e D. Afonso II;
António Caetano de Sousa, D., História Genealógica da Casa Real Portuguesa;
António José Saraiva, O Crepúsculo da Idade Média em Portugal;
António Lopes Pires Nunes, Os castelos Templários da Beira Baixa;
Bernard F. Reilly, Cristãos e Muçulmanos, a luta pela Península Ibérica;
Carla Varela Fernandes, A Igreja de Santa Maria do Castelo de Tavira, Edições Colibri/Câmara Municipal de Tavira, Lisboa, 2000;
Duarte Galvão, Crónica de D. Afonso Henriques;
Hugh Kennedy, Os Muçulmanos na Península Ibérica;
Joaquim de Santa Rosa de Viterbo, fr., Elucidário, Vol. II (B-Z);
José Augusto de Oliveira, O Cerco de Lisboa em 1147;
José Augusto de Oliveira, Conquista de Lisboa aos Mouros;
José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal;
José Mattoso, A nobreza medieval portuguesa no contexto peninsular, Naquele Tempo, Ensaios de História Medieval, Vol. 1;
José Mattoso, Portugal Medieval, 1958;
José Pires Gonçalves, Alguns aspectos das campanhas de Giraldo Sem Pavor na região do Guadiana, Anais, Academia Portuguesa de História, Volume 26, T. I;
Leontina Ventura, Introdução, D. Afonso III;
Luís Krus, Livros de Linhagens do conde D. Pedro (ed. crítica por José Mattoso), Academia de Ciências, Lisboa, 1994;
Maria Sofia Marques Condessa, A memória das cidades dos séculos XII a XIV, nas crónicas de Rui de Pina e Duarte Galvão;
Mário Jorge Barroca, Do vale do Mondego à reconquista definitiva de Lisboa (1147), Vol. 1, p. 40, Da Reconquista a D. Dinis, Nova História Militar de Portugal;
Pinharanda Gomes, A Regra Primitiva dos Cavaleiros Templários.


Outros:


As Gavetas da Torre do Tombo, IX (gaveta XVIII, Maços 7-13), Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, Lisboa, 1971;
Epistola Arnulfi ad Milonem episcopum Morinensem;
Epistola Duodechini ad Cunonem Sancti Dysibodi abbatem.

Até breve.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Guerra entre Portugal e Leão, em 1212.

Na zona leste do território as forças leonesas atacaram os castelos de Algoso, Freixo de Espada à Cinta, Alva, Urros e Mós. A guerra de 1212 acabaria por ser resolvida com a intervenção de Afonso VIII de Castela que, na esteira do prestígio adquirido com a vitória de Las Navas de Tolosa, assumiu um papel de árbitro no conflito. As tréguas entre Portugal e Leão foram assinadas em Coimbra, a 11 de Novembro de 1212.
[Mário Jorge Barroca, A primeira metade do século XIII, Vol. I, p. 56, Da Reconquista a D. Dinis, Nova História Militar de Portugal.]
Até breve.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Conquista do castelo de Soure em 1144.

O castelo de Soure é tomado [1144] (1) pelas tropas de Abu Zacharia (2), alcaide de Santarém, depois duma renhida batalha em que muitos dos templários são mortos e outros feitos prisioneiros, sendo levados e encarcerados, inicialmente, no castelo de Santarém (3). As contínuas revoltas no norte de África motivaram que Abd al-Mumim se mantivesse em Marrocos com o grosso do seu exército, sem que pudesse atravessar o estreito e desembarcasse no al-Andalus, ou, sequer, pudesse enviar forças militares de ajuda e suficientes para fazer face ao avanço cristão. Tudo isto facilitou as conquistas portuguesas, leonesas e catalãs ao longo da fronteira muçulmana a partir de 1147. É deste momento a ideia de reconquistar Sevilha, ainda em posse dos almorávidas deveras enfraquecidos. (4)
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, pp. 67-68, notas156 a 159.]

Notas do Autor:

(1). — Em 1143, verifica-se uma organização sólida na Ordem do Templo, não só na Palestina, como em Aragão, onde, nesse mesmo ano, o Mestre Robert de Craon, «após demoradas negociações com Raimundo Berengário IV», «ficariam em Monzón e outros lugares de Aragão e que, desde esse momento, tomariam a sério, como própria missão, a guerra contra os mouros em Espanha».
(2). — Abzechri, o seu nome muçulmano.
José de Bragança nas suas Notas à Crónica de D. Afonso Henriques, de Duarte Galvão, pp. 119-120, sugere: Abu Zacarias — que parece ter governado Santarém durante 34 anos — seria o próprio Ismar, segundo o ilustre historiador e arabista dr. David Lopes. Do que hoje sabemos, tudo isto fenece de sentido, já que o comandante almorávida que subjugou a região, bem como as rebeliões que se verificaram no Algarve e na cidade de Córdova, foi Ibn Ganiya. [Bernard F. Reilly, Cristãos e Muçulmanos — a luta pela Península Ibérica p. 253.]
(3). — Templários e habitantes de outras povoações limítrofes, que constituíam a força de defesa, enfrentaram-nos no caminho. Poucos serão os libertados, cerca de três anos depois, aquando da conquista deste castelo [15 de Março de 1147], por ardil, surpresa e imensa felicidade, pelas hostes comandadas por D. Afonso Henriques, tendo nela participado um corpo da milícia templária, sob a chefia do Mestre Hugo de Martónio. Daqueles prisioneiros, alguns foram transferidos, em diversas alturas, para vários lugares do al-Andalus, principalmente Córdova e Sevilha, onde morreram cativos. O caso mais célebre é o do arquitecto de Soure, D. Martinho Árias, que foi transferido uma semana antes da conquista do castelo de Santarém pelas tropas de Afonso Henriques e dos seus confrades templários, primeiramente para Sevilha e depois para Córdova, onde acabaria por morrer. Ele que sempre dissera aos seus companheiros de prisão que o castelo iria ser tomado pelas hostes guerreiras do seu rei, e que todos iriam ser libertados — por sentir e saber — não viu a concretização dessa realidade.
(4). — Os almohadas só conquistariam Sevilha no ano seguinte [Janeiro de 1148] por Barraz, antigo comandante almorávida, que, entretanto, se tinha passado para o lado de Abd al-Mumim, o califa almohada. [Hugh Kennedy, Os Muçulmanos na Península Ibérica, p. 231.]
Até breve.

domingo, 27 de setembro de 2009

D. Afonso III. (I)

D. Afonso III.

O autor (1) retoma as ideias do rei guerreiro, pacificador e justiceiro, povoador e reformador, legislador e de rasgada visão económica, mas não menos rebelde às determinações pontifícias e fautor de alguns excessos e violências contra as imunidades eclesiásticas. Para além de uma particular ligação à Ordem de Santiago, releva ainda a imagem do rei piedoso, cristão e devoto, edificador de casas de oração e de mosteiros (os de São Domingos de Lisboa e de Elvas e o de Santa Clara de Santarém).
Novidade para além da grande estatura, acerca da qual nos havia já informado Duarte Nunes de Leão, é a descrição física de Afonso:
«Foy ElRey de aspecto magestoso, olhos pequenos, mas muy vivos, branco, corado, cabellos pretos, de estatura agigantada, a que se união grandes forças.»
Finalmente refere também o problema do escudo, sublinhando que acrescentou em orla os castelos de ouro em campo e púrpura pelo reino do Algarve e, tal como Brandão (2), que já Sancho I, pelo mesmo título, os utilizara.
[Leontina Ventura, Introdução, D. Afonso III, p. 24.]

Nota nossa:

(1). — D. António Caetano de Sousa, autor dessa inestimável obra que é a História Genealógica da Casa Real Portuguesa, em vários volumes. Modernamente republicada em 15 volumes.
(2). — António Brandão, fr..


Até breve.

sábado, 26 de setembro de 2009

Fixação de fronteiras. (I)

A morte de Ya’qub em 1199, a intervenção do papa, que excomungou os reis aliados dos muçulmanos e encorajou a cruzada, e as tréguas assinadas pelos reis cristãos em 1209 permitiram a retomada da ofensiva. Ao fim de dois anos de preparação minuciosa, uma nova invasão dos Almohadas em 1211 deu o sinal de partida das operações. A fortaleza de Salvatierra, defendida pela Ordem de Calatrava, conteve o avanço dos Muçulmanos, enquanto a cruzada era pregada dentro e fora de Espanha.
[Adeline Rucquoi, História Medieval da Península Ibérica, p. 171.]
Até breve.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

El Camiño (I).

A estrada da actual rede viária espanhola que, entre Xerez de los Caballeros e Barcarrota, atravessa o «pueblo» de Valle de Matamoros é a número 435, precisamente a mesma que, partindo da actual Huelva, circula por Valverde del Camiño, prossegue por Jabugo — a terra dos mais afamados presuntos da Espanha — vai articular-se com Galaroza, continua por Fregenal de la Sierra, Puertos Tablada e Beltramo, Xerez de los Caballeros, Barcarrota, Almendral e, depois de ter mergulhado por densos montados de azinheiras e sobreiros, passa por Albuera e alcança, finalmente, Badajoz.
Este «Camiño» que, partindo agora de Huelva e, muito provavelmente, de Niebla, no tempo dos almóadas, e passando pela pequena e moderna cidade que, vinda dos lados de Aracena e Sevilha, prossegue para Fregenal de la Sierra, devia ter sido uma das principais artérias comerciais e militares do sul da Espanha medieval que enlaçava importantes centros urbanos como seriam, por certo, as duas cidades de Sevilha e Niebla, no Andaluz, postadas às margens do Guadalquivir e do Tinto, com Badajoz, a capital do vastíssimo reino aftácida, edificada à margem do Guadiana.
[José Pires Gonçalves, Alguns aspectos das campanhas de Giraldo Sem Pavor na região do Guadiana, Anais, Academia Portuguesa de História, Volume 26, T. I, pp. 94-95.]
Até breve.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Os anais históricos antigos. (III)

Em Santa Cruz de Coimbra foram registados estes anais e lá também se compuseram as primeiras narrativas historiográficas latinas em que o primeiro rei de Portugal figura como personagem saliente (1). São a Vita Sancti Teotoni, primeiro prior do mosteiro, que teria sido o principal conselheiro do rei, e o De Expugnatine Scalabis (Da Tomada de Santarém). Ambos contemporâneos de D. Afonso Henriques e escritos antes do fim do século XII.
Como vimos, a figura heróica do primeiro rei de Portugal foi objecto das tradições lendárias que cristalizaram na tradição épica de D. Afonso Henriques, que analisámos noutra obra, e ainda de outras tradições, como a da tomada de Santarém, cuja última versão encontramos na Crónica Geral de Espanha de 1344, que já estudaremos. As tradições orais acerca do primeiro rei de Portugal não eram apenas épicas e guerreiras, pois o mais antigo livro de linhagens (de data pouco posterior a 1282, como veremos) regista também uma das suas aventuras eróticas.
[António José Saraiva, O Crepúsculo da Idade Média em Portugal, p. 151.]

Nota do Autor:

(1). — José Mattoso entende que os primeiros anais foram escritos em Santo Tirso (Portugal Medieval, 1958, p. 107).
Até breve.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A muralha de Idanha-a-Nova.

O que resta de uma das muralhas do castelo de Idanha-a-Nova.

Não obstante os contributos que a arqueologia tem trazido, as muralhas de Idanha-a-Velha continuam a levantar problemas de datação.
(…) O perímetro será de origem romana, terá permanecido ou sido aproveitada durante o período visigótico e, após a sua destruição, foi levantada durante a Reconquista. Certos traços de muralha fazem também supor ter havido nela uma intervenção árabe, nomeadamente no Séc. X (período califal), quando se utilizava a técnica da “Soga e Tison” e se mostravam, com um certo ritmo, as faces menores dos paralelipípedos de pedra; todavia, esta última hipótese só poderá ser confirmada por uma escavação muito cuidadosa.
A cerca, que está em grande parte reconstituída, tem inúmeras pedras em “Opus Quadratum” de origem romana, sem qualquer dúvida, muitas delas almofadadas à maneira romana, com inscrições romanas e ostentando sinais de uso de “forfex”.
A muralha, de forma ovalada, tem um perímetro de 754 metros, rodeando uma área de aproximadamente 4 hectares. Em certos troços atinge uma altura de cerca de 6 metros, variando a sua espessura entre 2 a 5 metros
.
(…) a cerca tinha duas portas, definindo-se sensivelmente uma orientação geral N-S no eixo que as une. A Porta Norte, com que deparamos logo que se chega à povoação, que ostenta arcos romanos, encontrava-se soterrada e foi posta a descoberto por D. Fernando de Almeida.
A Porta Sul, ou do Ponsul, foi reconstruída pelo mesmo arqueólogo que pacientemente foi procurando no amontoado das ruínas as aduelas adequadas
.
[António Lopes Pires Nunes, Os castelos Templários da Beira Baixa, pp. 106-107.]

Até breve.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Invasão de Ali Ibn Yusuf, em 1140.

No entanto, uma nova invasão muçulmana, na primavera de 1140 [do emir Ali Ibn Yusuf (1)], faz a sua entrada pelo sul de Portugal, conquistando e devastando as linhas de defesa cristãs, tomando e arrasando o [recentemente] construído castelo de Leiria — o alcaide D. Paio Guterres, desta vez, não consegue fugir nem juntar-se às tropas do rei, em Coimbra, como o fizera aquando da conquista de Leirena (2), ficando prisioneiro (3).
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres
[1124-1314], A presença templária em Portugal, pp.65-66, notas 146 e 147.]


Notas do Autor:

(1). — Duarte Galvão, na Crónica de D. Afonso Henriques [pp. 119-120], denomina-o el-Rei Ismar. O que parece historicamente mais correcto é que esta invasão tenha sido comandada por um dos filhos do califa, o emir Ali Ibn Tashufin, que estava instalado em Sevilha. [Bernard F. Reilly, Cristãos e Muçulmanos, a luta pela Península Ibérica, p. 250].
(2). — Castelo existente entre Santarém e Ceras [este, encontrava-se a cerca de uma a duas léguas onde se construiria o de Tomar] que em 1137 foi completamente destruído pelos muçulmanos, após uma defesa desesperada das forças cristãs, morrendo mais de duzentos homens de armas, entre cavaleiros e fidalgos de estirpe, mas conseguindo Paio Guterres, seu alcaide e fronteiro, sabe-se lá como, escapar.

Nota nossa:

(3). — Crê-se que depois de aprisionado D. Paio Guterres foi levado acorrentado, inicialmente, para Sevilha, e mais tarde para uma cidade do norte de Marrocos. Aí perde-se-lhe o rasto e o seu lugar de sepultura
.
Até breve.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Boas vindas.

Este mundo da blogosfera tem coisas que nos deixa verdadeiramente espantado. Mormente esta de haver pessoas que escolhem determinados blog's, se interesessam por eles e os lêem, na prática, diariamente.
Dos três que se tornaram na última semana os primeiros seguidores deste mais encanto quero deixar o meu abraço e agradecimento.
Aos que assim pensarem fazer no futuro, deixo, desde já, um desejo de boas vindas e sentido reconhecimento.
Pedro Alvites.
Até amanhã.

domingo, 20 de setembro de 2009

Preparação para a conquista de Lisboa, em 1147. (III)

A «Crucesignati anglici epistola de expugnatione olisiponis» confirma, com pequena variante, a afirmação dos dois últimos documentos (1). Depois de descrever a conquista do arrabalde em 1 de Julho bem como as preocupações tomadas durante a noite imediata para garantia da posse definitiva da posição expugnada tão brilhantemente, diz que no dia seguinte de manhã fizeram os Mouros uma inútil surtida e acrescenta:
«
Fechado assim finalmente o cerco à cidade» (…) (2)
Portanto, segundo o cruzado inglês, a efectividade do sítio começou a 2 de Julho.
[José Augusto de Oliveira, O Cerco de Lisboa em 1147, p. 51.]

Nota nossa:

(1). — Os dois documentos são: A Epistola Arnulfi ad Milonem episcopum Morinensem e a Epistola Duodechini ad Cunonem Sancti Dysibodi abbatem.

Nota do Autor:

(2). — José Augusto de Oliveira, Conquista de Lisboa aos Mouros, p. 80.
Até breve.

sábado, 19 de setembro de 2009

Matança dos monges de Cister em 1195. (II)

E que se pode crer piamente alcançaram estes religiosos a palma de mártires, pois em ódio particular da fé cristã deviam ser mortos pelos mouros. Governava então esta abadia D. Fernando, quarto em número entre os abades daquela insigne casa, cuja sepultura não pude achar entre os abades antigos; creio que seus ossos, com os demais religiosos que ali morreram, se trasladaram todos juntos para o capítulo de Alcobaça, aonde está uma campa entre as dos outros abades, em que diz que ali descansam, Hic requiescunt, sem nomear quem e como se nomeiam muitos em plural fora do estilo dos letreiros das outras sepulturas que estão juntas e são dos abades, me não ocorre quem possa ali jazer senão o abade e os monges que nesta ocasião juntamente morreram.
[António Brandão, fr., Crónica de D. Sancho I e D. Afonso II, p. 60.]
Até breve.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Por motivos de força maior!

Por motivos de força maior, em que o corpo permanece sobre o divino, e durante cerca de uma semana, não pudemos dar continuidade a este nosso blogue. Reunidas as condições necessárias podemos voltar a retomar o nosso lugar, como é diariamente habitual e gostamos de o fazer.
Agradeço, por isso, toda a vossa atenção, compreensão e espera.
A todos, a minha simpatia e…
até breve.

Pedro Alvites

domingo, 13 de setembro de 2009

Penha.

Peña, Penna ou Penella, na baixa latinidade significava o cabeço, outeiro, monte, ou rochedo, em que antigamente se fundavam os castelos, praças, e outras defensões, muitas das quais chegaram e permanecem em nossos dias. (…) E daqui veio que os nossos maiores às peñas ou penhas, grandes, espaçosas, e bem capazes para alcácer, torres, muros, fossos, cavas, alojamentos, habitações, e nas quais se podiam recolher muitos indivíduos com apetrechos, e munições de boca e guerra, chamaram peñas ou castelos, v. g. Pena-Cova, Pena-Garcia, Pena-Verde, Penas-Juntas, Penas-Royas, Pena-de-Dono, etc., que todas foram castelos de consideração. Pelo contrário, uns castelejos insignificantes e que apenas serviam de recolher neles alguns víveres, e resistir a poucos salteadores, que se lançavam a roubar os campos, e que estavam construídos sobre algumas peñas altas, mas nada espaçosas para admitirem a defensão própria de um castelo, com a regularidade própria daquele tempo, se chamaram Penellas.
[Joaquim de Santa Rosa de Viterbo, fr., Elucidário, Vol. II (B-Z), p. 473.]

Até breve.

sábado, 12 de setembro de 2009

O castelo de Penha Garcia. (III)

Pano de muralha do castelo de Penha Garcia.

O aspecto mais curioso desta fortificação reside nas defesas exteriores. Ligando as rochas, foi edificada, provavelmente ao mesmo tempo que o castelo, uma cerca circular exterior, para o lado da actual vila, com uma porta defendida por um torreão quadrangular, visível num dos outros desenhos e por um segundo torreão também quadrado mas não representado por estar escondido entre as rochas. Além desta cerca, a porta da parte residencial do castelo era imediatamente defendida por um reduto. A entrada na acrópole, a partir da porta da cerca, fazia-se, como se poderá ver acompanhando a planta, à boa maneira árabe, por um trajecto com 4 cotovelos, ultrapassando quatro portas. Se atentarmos a que o castelo era inacessível pelo lado do Ponsul, poderemos considerar que, sendo aparentemente simples na sua composição, a sua localização e estrutura tornavam o castelo de Penha Garcia praticamente inexpugnável.
[António Lopes Pires Nunes, Os castelos Templários da Beira Baixa, pp. 80-81.]

Até breve.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Invasões almohadas.

Avanço do exército mouro.
[ Pormenor do quadro, A batalha de Guadibeca.]

Uma segunda invasão almohada vinda da África do Norte coincidiu com novas divisões entre os cristãos, infligindo-lhes sérios reveses. Em Portugal, onde Évora, sitiada em 1180, tinha resistido, a fortaleza de Alcácer do Sal teve de render-se em 1191. Afonso VIII de Castela perdeu a batalha de Alarcos em 1195, e a cidade de Placência, situada ao norte do Tejo, caiu nas mãos dos Muçulmanos no ano seguinte. Madrid foi sitiada em 1197 e as tropas de Abu Yusuf Yaqub devastaram toda a região, de Guadalajara a Cuenca e Alarcón. Os reis de Castela e de Portugal viram-se finalmente na obrigação de pagar tributo aos vencedores.
[Adeline Rucquoi, História Medieval da Península Ibérica, pp. 169-171.]
Até breve.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Glossário

Para que haja um melhor conhecimento e enquadramento da época medieval que vimos apreendendo nestes pequenos quadros históricos, que apresentamos diariamente — salvo os raros dias de não publicação por motivos absolutamente alheios à nossa vontade —, achei que seria importante e oportuno, tanto quanto útil, inserir um glossário (1) amplo e diverso que nos possa elucidar melhor quanto ao que pretendemos fazer conhecer. Como já fizemos anteriormente, e em tempo espaçado, daremos nota desses mesmos termos.

Glossário:

aba: parte inferior ou pendente de algumas peças de vestuário; parte inferior e geralmente levantada do chapéu; margem; sopé; orla.
abade: aquele que governa uma abadia; superior de uma ordem religiosa.
abadessa: superiora de certas comunidades religiosas.
abaixado: oprimido; humilhado.
abalançamento: audácia; atrevimento; arrojo.
abardado: cheio; sobrecarregado.
algara [o m. q. fossado.]: incursão militar em território inimigo. [do ár. al-gara.]
barbacã: muro anteposto às muralhas e mais baixo do que estas para defender o fosso.
besteiro: peão militar perito no uso da besta.
carreira: carreiro, caminho, estrada pouco larga.
cavaleiro-vilão: vizinho que participa na guerra com o seu cavalo, beneficiando de certos privilégios e isenções.
colheita: imposto anual pago pelo concelho ao rei.
destravessa: consistia em lavrar o terreno em sentido cruzado com o da primeira lavra [a decrua], com o fim de cortar melhor o terreno, esboroar os torrões e preparar o campo para o cultivo.
encoutar: tradução em português do termo latino inquietare, no sentido de alguém ser chamado por outrem à justiça.
ferrado: vasilha para ordenhar e para onde se munge o leite das cabras e ovelhas.
grilhão: objecto metálico que serve para prender alguém pelos pulsos; cadeia; algema.
herdade: O termo herdade (que hoje se toma por uma grande e dilatada fazenda, a que os Latinos chamavam latifundium, tapada ou demarcada sobre si), na sua origem, nada mais significava, que alguns bens de raiz, vindos por herança, avoenga e sucessão de pais e filhos, ou também por sucessão testamentária, em que alguém era instituído por herdeiro. Porém, desde o século IX até o XV, não significava mais que um casal, quinta, herdamento, prédio rústico, villa, granja, celleiro, propriedade, aldeia, alcaria, e toda aquela fazenda, que rendia ou podia render algum fruto, para quem a cultivasse ou fizesse cultivar; prescindindo de ser a tal herdade de mais ou menos extensão, e não sendo, da sua essência, o estar incluída dentro de certos muros, marcos ou balizas mas antes constando, muitas vezes, de courelas, peças ou belgas mui separadas e diversas.
manaria: tributo pago por morte de quem não deixava herdeiros directos. No foral latino: “et non intret ibi nuncium neque manaria”, o que foi incorrectamente apreendido na tradução portuguesa, onde se refere: “e nom entre y mandadeyro nen mande alguum homen”.
mealha: unidade de conta que corresponde a meio dinheiro.
montádigo: imposto cobrado pela pastagem de gados.
malha [O m. q. debulha.]: eram os processos utilizados para se desalojar os grãos das espigas.
pego: ponto mais fundo de um rio ou lago.
pouso: a mó inferior dos moinhos, sobre a qual gira a galga.
redil: recinto vedado de forma quadrada onde pernoita o gado.
semedeiro: carreiro, atalho, caminho estreito.
suso: acima.
terra calva: no século XIII, chamavam-se terras calvas às que já estavam limpas de mato, rotas e lavradas.
velos: novelos de lã extraída dos ovinos. Normalmente 5 velos correspondem a uma arroba, isto é, 15 kg.


Pedro Alvites

Nota:
(1) — Para uma consulta da bibliografia aqui inserida, dar-se-á uma relação num dos dias finais de cada ano.
Até breve.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Renúncia à conquista de terras galegas.

(…) D. Afonso Henriques acabou por renunciar às suas pretensões sobre os territórios galegos, quando se reconciliou com Afonso VII, em Zamora, nos inícios de Outubro de 1143.
[Mário Jorge Barroca, Do vale do Mondego à reconquista definitiva de Lisboa (1147), Vol. 1, p. 40, Da Reconquista a D. Dinis, Nova História Militar de Portugal.]

Até breve.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A fundação de um Reino. (I)

O infante de Portugal, quando solta o seu grito de guerra, ao atirar-se por entre selvas de lanças sarracenas, vai, como o rei das feras, buscar solitário a sua preia; arca peito a peito com o islamismo, sem pedir socorro aos outros príncipes, que tem já na conta de estranhos; nas assembleias políticas da monarquia o seu lugar está sempre vazio; os cofres do Estado jamais se abrem para receber os tributos municipais das províncias portuguesas, que começam a cobrir-se de povoações, restauradas ou fundadas de novo (…).
[Alexandre Herculano, História de Portugal, Desde o começo da monarquia até o fim do reinado de Afonso III, Tomo I, Livro II, p. 445.]
Até breve.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Rui de Pina. (II)

No que respeita às narrativas dos reinados dos soberanos da primeira dinastia, de D. Sancho I a D. Afonso IV, Rui de Pina baseou-se, no entanto, nos textos da Crónica de 1419, dela também seguindo, implicitamente, o respectivo projecto de revisão do sentido de atribuir aos primórdios do passado luso. Com efeito, tal como o fizera essa crónica, Rui de Pina acabou por reproduzir e fixar uma história do reino autónoma de visíveis e concretas referências a qualquer subordinação política face ao passado da monarquia leonesa, tal como ainda era bem visível na Crónica Geral de Espanha de 1344 e na sua refundição de 1400. Para além disso, seguindo ainda a Crónica de 1419, Rui de Pina também dela adoptou a concepção de um passado luso onde se expressava e confluía o carácter providencialista que a literatura genealógica portuguesa de Trezentos atribuíra à nobreza portuguesa, transferindo para a história dos primeiros monarcas do reino as manifestações dos valores e dos poderes que tinham supostamente feito da fidalguia de Portugal a considerada elite e vanguarda da messiânica cavalaria hispânica, sendo ela vista como a melhor e mais transcendental cavalaria da história da Cristandade.
[Maria Sofia Marques Condessa, A memória das cidades dos séculos XII a XIV, nas crónicas de Rui de Pina e Duarte Galvão, pp. 18-19.]

Até breve.

domingo, 6 de setembro de 2009

O vale de Matamoros.

No pendor nascente da serra del Zarzoso, perto do pico de S. José, sensivelmente a uma légua para norte de Xerez de los Caballeros, ergue-se o pitoresco e disperso casario do «pueblo» estremenho de «Valle de Matamoros».
O apelativo toponímico de Matamoros não é único em terras da Extremadura castelhana. Repete-se, pelo menos, aplicado a um arroio — Arroyo de Matamoros — que corre entre os contrafortes da Serra Morena, perto do mosteiro de Tentudia, fundação do grande Mestre de Santiago, o português D. Paio Pires Correia
(1) e, também, local da sua sepultura (2).
Ambos os topónimos estremenhos parecem evocar e sugerir, naqueles locais onde se fixaram, um combate entre cristãos e muçulmanos que tivesse terminado por uma matança de mouros e uma espectacular vitória para as armas cristãs.
[José Pires Gonçalves, Alguns aspectos das campanhas de Giraldo Sem Pavor na região do Guadiana, Anais, Academia Portuguesa de História, Volume 26, T. I, p. 94.]

Notas nossas:

(1). — A dado passo desta sua narrativa, José Pires Gonçalves, prefere dizer Pires em vez de Peres, aliás como ele mesmo explica:
Adoptamos e preferimos para o Mestre de Santiago o nome de Paio Pires em vez do homónimo de Pelay Perez ou Paio Perez pelo qual ele é mais conhecido em Espanha e até entre nós. Aliás, já carta expedida pelo rei de Leão D. Afonso XI (3), datada de Abril de 1258, referindo e assinalando os termos de Vilar Maior e da Igreja de Bismula, ao lado do mestre do Templo D. Martim Moniz (4), do mestre de Alcântara, D. Garcia Fernandes, do famoso rei de Niebla Aben Mahfot e de muitos outros personagens importantes da época [entre os quais] nos aparece o Mestre de Santiago identificado como «Paay Pirez» (Cf. As Gavetas da Torre do Tombo, IX (gaveta XVIII, Maços 7-13), Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, Lisboa, 1971, leitura de D. Guilhermina Ribeiro). Também nunca ouvimos designar a povoação portuguesa de Paio Pires — que tomou na região de Palmela, sede da Ordem de Santiago, o nome do Mestre — por Paio Peres e nem nos consta que alguma vez estav povoação assim tivesse sido designada, à espanhola. [Ob. cit., pp. 75-76, nota 14a.]
(2). — Por outro lado, certo e justo será dizer, para quem o não saiba ou procure omitir dizê-lo, que é, muito possivelmente, na igreja de Santa Maria do Castelo, em Tavira, que se encontrará sepultado este célebre Mestre santiaguista, conforme nos elucida a lápide funerária que aí se encontra, não só lembrando-o, como uma outra, com sete cruzes de Santiago, que recorda os seis cavaleiros de Santiago mortos (5), nessa campanha de conquista do Algarve, bem como a de um mercador, Garcia Rodrigues, que ao passar no local e vendo o que ocorria com os cavaleiros cristãos cercados pelos muçulmanos, prontamente se lhes juntou, morrendo no combate.
A lápide refere: AQUI JAZEM OS OSSOS DE D. PAIO PERES CORREIA GRÃO MESTRE DA ORDEM DE SANTIAGO QUE TOMOU ESTA CIDADE AOS MOUROS. FALECEU EM 10 DE FEVEREIRO DE 1275. METERAM-SE AQUI NO ANO DE 1751.
(3). — O autor quererá dizer Afonso X, o sábio, pelo que penso ser um erro tipográfico. Já nesta altura ele era rei de Leão e de Castela, reinos que seu pai, Fernando III, o santo, reuniu em 1230. Das primeiras acções políticas e de contexto que, aliás, tomou.
(4). — O Mestre do Templo neste ano (1258) era D. fr. Martim Nunes [1253-1265]. Que saibamos nunca existiu um Mestre D. Martim Moniz na Ordem do Templo da Província de Portugal, ou na dos três reinos (Leão, Castela e Portugal). Neste caso, deve ser erro de informação do próprio dr. José Pires Gonçalves, tão minucioso e honesto nos seus textos de investigação.
(5). — Os cavaleiros santiaguistas mortos seriam: D. Pedro Paes (igualmente conhecido por D. Pedro Rodrigues ou D. Pedro Peres), Comendador-mor de Santiago, Mem do Vale, Duran Vaz (ou Damião Vaz), Álvaro Garcia (ou Garcia Estêvam ou Vasques), Estêvão Vaz (ou Vasques) e Boceiro de Coja (ou Valério de Ossa ou da Hora. [Cf. José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus mestres [1124-1314], A presença Templária em Portugal, p. 136; e Carla Varela Fernandes, A Igreja de Santa Maria do Castelo de Tavira, p. 24, nota 8, Edições Colibri/Câmara Municipal de Tavira, Lisboa, 2000.]

Até breve.

sábado, 5 de setembro de 2009

Regra. (I)

A Regra é o paradigma da Ordem. Dela se dirá: este é o sinal, o signo, o cartão por onde cada professo se dá a conhecer. À luz do inventário patrimonial, é lícito afirmar que o genuíno património da Ordem é a Regra. Tudo o mais vem por acréscimo, ou como consequência da vida regular. Ela origina uma dinâmica e uma tradição, um depósito canónico, consuetudinário, hierático e jurídico, depósito esse que reveste quem o professa. E de tal modo o reveste que, mesmo sem hábito, ou sem emblema, ou sem sinal diviso, se reconhece que alguém é professo de uma determinada Regra, se acaso conhecermos essa Regra e a virmos incarnada na vida do professo. Em situação limite, o templário, para ser reconhecível, não carece de se paramentar; basta que, na frente do mundo, ostente a prática regular que professa.
[Pinharanda Gomes, A Regra Primitiva dos Cavaleiros Templários, p. 6.]

Até breve.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Imperator totius Hispaniae.

Afonso VI, de Leão e Castela.
[Imagem do século XII existente na Catedral de Santiago de Compostela.]

A adopção, pela chancelaria de Afonso VI, logo a seguir à tomada de Toledo, do título de imperator totius Hispaniae, indica bem o papel que o rei de Leão e Castela entendia desempenhar. Reivindicando o imperium, ou poder supremo, o rei de Toledo deixava aos outros príncipes do regnum o cuidado de «reger» e de administrar os seus principados no quadro de uma hierarquia política. A adopção do título de «imperador» por Afonso VI (1072-1109) e por seu neto Afonso VII (1126-1157) apenas indica o seu programa político em Espanha, e não qualquer reivindicação perante o rei dos Romanos. «Este título — escrevia Isidoro de Sevilha, nas suas Etimologias —, distingue-o dos reis dos outros povos.»
O título não era só simbólico, e os reis que o reivindicavam pretenderam exercer efectivamente esse
imperium sobre todo o território ibérico.
[Adeline Rucquoi, História Medieval da Península Ibérica, pp. 172-173.]

Até breve.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Comendas e propriedades da Ordem.

Cruz templária primitiva que marca o início
do estabelecimento da Ordem do Templo em Portugal.
[Foto de Pedro Cunha.]

Foram doadas à Ordem propriedades em Loures [1149] e a comendadoria do castelo de Sintra [1151 ou 1152].
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 71.]

Até breve.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Imigrações e emigrações. (II)

Dado este ambiente de agitação, não admira que os nobres portugueses, ao contrário do que acontecia na época anterior, tivessem começado a emigrar mais frequentemente. Em certos casos por razões políticas, ao abandonarem a corte régia e procurarem a protecção do rei de Leão, como aconteceu, antes de mais, com os infantes Pedro Sanches, que se acolheu à corte de Afonso IX de Leão, e Fernando Sanches, que foi para mais longe, para a corte da Flandres, onde vivia sua tia Matilde, e ainda com o bastardo Martim Sanches, que também foi recebido de Afonso IX. Este último viria depois a pegar em armas para atacar o rei português, invadindo o nosso território a partir da Galiza e destruindo tudo à sua passagem até travar combate com outros nobres fiéis ao seu senhor. (1) Martim Sanches era incitado pelo arcebispo de Braga, Estevão Soares da Silva, que também entrara em conflito com o rei e que se retirou igualmente para o reino de Leão até ao fim do reinado de Afonso II.
[José Mattoso, A nobreza medieval portuguesa no contexto peninsular, Naquele Tempo, Ensaios de História Medieval, Vol. 1, p. 328.]

Nota do Autor:

(1). — Ver as importantes anotações de L. Krus acerca da interpretação dos episódios narrados pelos livros de linhagens acerca da personalidade de Martim Sanches: 1994, pp. 78, notas 92 e 93; 249, nota 600; 265, nota 637; 266, nota 638.

Até breve.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Preparação para a conquista de Lisboa, em 1147. (II)

D. Afonso Henriques.
[escultura de Soares dos Reis.]

A prudência incontestada do nosso primeiro rei, não nos permite supô-lo a convocar os seus homens de armas, a concentrar o seu exército, a onerar o tesouro real com as despesas de tal convocação na contingência de ter de mandar recolher todos aos seus solares e aos seus concelhos, se os cruzados francos não aceitassem o convite a ajudá-lo.
[José Augusto de Oliveira, O Cerco de Lisboa em 1147, p. 47.]
Até breve.