domingo, 30 de novembro de 2008

Castelo de Ceras=castelo de Tomar.

Muralhas da Alcáçova e Torre de Menagem, do castelo de Tomar.


Assim, nada nos garante efectivamente que o castelo de Cera não seja o próprio castelo de Tomar, até por que não faria muito sentido que D. Afonso Henriques propusesse aos Templários a troca de Santarém, uma das mais importantes cidade da época, por um castelo em ruínas. Em suma, no nosso entender, nada obsta a que esse castelo fosse o de Tomar, o qual já deveria ter, à data da doação, alguma edificação militar e talvez uma razoável presença humana. (1)
[Nuno Villamariz Oliveira, Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314, Vol. I, p. 158, e nota 129.]

Nota do Autor:

(1). — Este é mais um assunto nebuloso para o qual a historiografia e sobretudo a arqueologia ainda não conseguiram apresentar provas convincentes. Já Manuel Osório, em finais do século XIX, considerava que “senhores de Cera, os freires da Ordem do templo de D. Gualdim julgaram azado aquelle logar para estabelecerem alli a capital da sua Ordem; e para defeza d’esta, levantaram nas ruínas do antigo castro de Cera o magestoso castello de Thomar”. A historiografia portuguesa do século XX, baseada sobretudo na obra de Viterbo, tem-se inclinado para a existência de um castelo de Cera, localizado perto da actual aldeia de Ceras, embora sem indicarem o local desses vestígios. Também Mário Jorge Barroca, num artigo recente, sustenta que os cavaleiros optaram pela escolha de Tomar “abandonando definitivamente a ideia de reconstruir o velho e arruinado castelo de Ceras”.
[Cf. Osório, M. “O castelo de Almourol”, Revista de Engenharia Militar, 1896-1897, s. p., e Barroca, M. J., “A Ordem do Templo e a Arquitectura Militar Portuguesa do Século XII”, Portugália, Nova Série, Instituto de Arqueologia, FLUP, Porto, Vols. XVII-XVIII, 1996/1997, p. 191.]

Até breve.

sábado, 29 de novembro de 2008

Regras féreas do foral de Marmelar.

Por outro lado, no foral de Marmelar [1194], que é uma vila que Sancho I funda de novo no meio de desvios que se dilatam nas proximidades do castelo de Armamar (1), surge férea a legislação, que se manifesta nas disposições referentes à administração da fazenda e da justiça. Entre outras realiza-se esta directiva, que é deveras indicadora do modo brutal como se actuava, em matéria disciplinar, naqueles dias:

Se algum morador matar outro voluntariamente pague a multa do homicídio (20 bragaes): se for por ímpeto de cólera, e não o tiver desafiado perante o concelho, enterrem-no vivo debaixo do morto (2), confiscando-lhe os bens móveis para o senhor, e os de raiz para o concelho.
Se, porém, houver desafio, deve ter sido com trégua firme (treugam sanam) até nove dias, durante os quais ambos têm de sujeitar a contenda ao julgamento dos homens bons.
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, pp. 93-94.]

Notas do Autor:

(1). — Alexandre Herculano, História de Portugal, Vol. IV, Livro VIII, Parte I, p. 85.

(2). — Diz Herculano em nota de rodapé:
Este exemplo tinha-nos escapado quando escrevemos a Nota 1 do Vol I, p. 382, onde inexactamente afirmámos ser esta clausula alheia aos forais de terras povoadas por portugueses. Todavia, ela é, como dissemos, indício de extrema fereza de costumes, que aliás era natural nas brenhas de Marmelar. [Ibidem, p. 86.]

Por outro lado, na nota que faz a este mesmo assunto e que apõe à atrás mencionada, fazendo-a desaparecer, José Mattoso acrescenta: É raríssimo encontrar esta pena atroz mencionada em forais portugueses. Achamo-la, porém, estatuída no foral da Lourinhã, vila povoada por uma colónia franca. [Ibidem, História de Portugal, Tomo IV, Notas Críticas ao Livro VIII — Parte I, p. 131.]

Até breve.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Uma vergonha nacional.

Aspecto do "arranjo arqueológico" visível junto à igreja de Santa Maria
dos Olivais, em Tomar: Panteão Templário de Portugal.


O que me propus quando inicei este blog era o de aqui fazer inscrever notícias que não só falassem da História da Ordem do Templo em Portugal e de outras efemérides que a ela estivessem relacionadas, bem como de acontecimentos que falassem da História deste País, da Península Ibérica ou do Outremer e a ela pudessem ligar-se. É isso que tenho feito, quase que diariamente.

Chegou, entretanto, uma notícia que me deixou deveras estupefacto. E é dela que, caso excepcional, vos quero deixar nota, por me parecer uma acto de profunda vergonha, desleixo e desinteresse pela forma como se trata o Património histórico que nos resta em Portugal, e do que se passa no "arranjo e embelezamento" que se nos deixa visível, e que circunvizinha a igreja de Santa Maria dos Olivais, lugar que foi destinado ao repouso eterno da maioria dos Mestres Templários que a Ordem teve em Portugal. Por isso D. fr. Gualdim Pais a mandou construir e fez designar como Panteão Templário em solo português.
Para quem quiser, como eu, assinar esta petição, podem fazê-lo, e ler do que se trata, através de:
"Meus caros.

O que se está a passar em Tomar é uma vergonha.

Eu como Português, consciente da importância cultural de um povo que já soube estar à frente do Mundo onde a Igreja de St.a Maria do Olival era o seu "fiel representante", e como "pessoa de bem", depois de ver o que se passa lá através deste blog
,

http://blog.thomar.org/2008/11/tnel-descoberto-no-templo-de-st-maria.html
não pude de deixar de assinar esta sua petição
http://www.petitiononline.com/1cc1160/petition.html


espero que façam o mesmo e divulguem. Lourenço
---------- ----------From: Rui Ferreira
Date: 2008/11/25, Subject: Era um túnel
??

Inacreditável e injusto, não é?!...
Pedro Alvites
Até breve.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Castelo Branco: a última sede templária de Portugal.


Castelo de Castelo Branco, com a sua única torre, pano de muralha e adarve.

Quando um dia a historiografia portuguesa se aperceber que Castelo Branco foi, de facto, a grande cidade templária de Portugal, muito símbolos ruirão e muitas perguntas se farão, e a que necessariamente terão que se encontrar respostas. No entanto, elas existem, e exactamente por isso têm de ser enunciadas o mais rapidamente possível, para colmatar uma falha de anos e anos de enganos e falsos destinos. Convenhamos que há que repor a História no seu devido lugar e com os nomes que lhe são devidos. Apenas para que se faça justiça e se honre um lugar onde apenas tresanda esquecimento e alapardada ignorância.

Pedro Alvites.

Até breve.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Aquisições.

Menos luzentes e extensivas eram as aquisições que a Ordem devia aos particulares. Mas o sossego com que estas aquisições, pouco aparentes, eram feitas, não nos deve deixar desapercebida a sua importância. Obteve-a a Ordem, por sua quantidade e particularidade. Assim como, genérica, a ordem religiosa em Portugal, assim tinham também os templários e as outras ordens de cavaleiros, em breve, os seus familiares.(1)
[Heinrich Schæfer, História de Portugal, Vol. I, pp. 66.]

Nota nossa:

(1). — O historiador alemão cita fr. António Brandão, na Monumenta Lusitaniae, quando diz: Era cousa mui ordinária [frequente] naquele tempo, tomarem as pessoas nobres a Cruz das Religiões do Hospital, ou do Templo; alguns, somente como Confrades, e outros com voto de profissão, apartando-se de suas mulheres, que também recebiam a Cruz, e restavam [davam] seus bens a estas Ordens. A mesma devoção tiveram muitos [para] com as Ordens de Santiago, Calatrava, Avis e Alcântara. [Ob. cit., Vol. I, p. 66, nota 3.]

Até breve.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Castelo de Almourol.

castelo de Almourol

Em 1165, estando o castelo de Almourol completamente reedificado pelos arquitectos e pedreiros templários — numa ilhota existente no meio do rio Tejo, entre Constância, Praia do Ribatejo e Vila Nova da Barquinha — o Mestre (1) eleva a Comendador (2) desta fortaleza, D. fr. João Domingues (3).

[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 83.]

Notas nossas:

(1). — No entanto, fr. Bernardo da Costa dá-nos a seguinte informação:
Foi o dito Castello de Almourol edificado no anno de Christo de mil cento e setenta.
Era M.CCVIII.Magister Gaudiniu Bracarui
quae est caput Galetiae ortus edificavit
hoc Castrum Almeiroul &c
.
[Fr. Bernardo da Costa, História da Militar Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, p. 47.]

(2). — Era raro, neste tempo, um Comendador da Ordem do Templo sê-lo em mais do que uma Comenda. Este caso foi verdadeiramente único, durante muitos anos, nos anais das Comendas templárias portuguesas. Aconteceria quase um século depois, quando D. fr. Paio Gomes Barreto o foi — de 1283 ou 1284 a 1288 — em Castelo Branco, sede do Templo em Portugal, e Jerez de los Caballeros, na Extremadura de Leão.

(3). — O Comendador de Almourol, segundo parece, para lá de o ser para este lugar e seu termo, foi-o para outras duas Comendas que referenciava — as dos castelos de Cardiga e Ozêzere — , a título verdadeiramente excepcional dentro da Ordem, já que um Comendador era-o somente numa Comenda
.
Até breve.

domingo, 23 de novembro de 2008

Torre de menagem. III

Um dos mais antigos exemplos de Torre de Menagem que sobreviveu até nós foi o do castelo de Pombal, uma fortaleza ligada à Ordem do Templo, erguida por D. Gualdim Pais em 1171 (1). Trata-se de uma construção larga e não muito alta, que ofereceu algumas dificuldades aos seus construtores, pelo que estes se viram obrigados a adossarem dois contrafortes cintando a fachada principal e conferindo a esta Torre de Menagem uma silhueta peculiar. Por outro lado. O andar térreo desta Torra, que não possui qualquer abertura para comunicação com o exterior, apresenta muros significativamente mais espessos que os restantes andares, procurando alcançar maior estabilidade e resistência construtiva. As faces exteriores apresentam um perfil oblíquo, em rampa, simulando uma sapata. Não deixa de ser interessante sublinhar que os mais antigos exemplos datados de Torres de Menagem em Portugal surgem sistematicamente associados aos Templários. Podemos incluir neste grupo a Torre de Menagem de Pombal (1171), já referida, e as de Tomar (1160), Penas Róias (1166), Almourol (1171) e Longroiva (1174), todas datadas por inscrições. O próprio facto de D. Gualdim Pais ter assinalado este notável esforço construtivo dos Templários com a colocação de inscrições em todas estas Torres pode ser interpretado como um sintoma da sua relativa novidade dentro do panorama da arquitectura militar portuguesa da segunda metade do século XII.
[Mário Jorge Barroca, Do castelo da Reconquista ao castelo Românico (séc. IX a XII), Portugália, Nova Série, Vol. XI-XII, p. 121.]

Nota do Autor:

(1). — No caso de Trancoso, que abordamos a partir do diploma de 960, o arcaísmo evidenciado pela sua torre resulta do facto de se ter aproveitado para Torre de Menagem do castelo românico uma estrutura pré-românica já existente.
Até breve.

sábado, 22 de novembro de 2008

Torre de menagem. II

Os primórdios da Torre de Menagem continuam mal caracterizados em Portugal. É provável que os primeiros exemplos tenham aparecido já na primeira metade do século XII, reflectindo o conhecimento da arquitectura militar de além-Pirinéus veiculado pelos contactos dinamizados no quadro da reconquista após 1086. No entanto, os mais remotos casos datados pertencem aos meados do século XII e inícios da segunda metade da centúria. Deste modo, a introdução da Torre de Menagem nos castelos portugueses antecede em uma ou duas escassas dezenas de anos o aparecimento de residências senhoriais fortificadas, que começam a surgir entre nós a partir do último quartel do século XII e que se irão inspirar precisamente na fisionomia da Torre de Menagem (1).
[Mário Jorge Barroca, Do castelo da Reconquista ao castelo Românico (séc. IX a XII), Portugália, Nova Série, Vol. XI-XII, p. 121.]

Nota do Autor:

(1). — Cf. Mário Jorge Barroca, Em Torno da Residência SAenhorial Fortificada. Quatro Torres Medievais na região de Amares, Revista de História, Centro de História da F. L. U. P., IX, 1989, 9-61.
Até breve.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Torre de menagem. I

castelo de Pombal.

Isolada no interior do pátio, a Torre de Menagem, símbolo do Poder e último reduto de defesa, constituía a maior inovação do castelo românico. (1) A Torre de Menagem implantava-se num dos pontos da cota mais alta do castelo, erguendo-se em altura por forma a ser possível o tiro directo para o exterior, sem prejuízo da presença do pano de muralha. Adoptando desde cedo a planta quadrangular, possuía o andar térreo sem aberturas e a porta rasgada no primeiro andar. O acesso realizava-se sempre por intermédio de uma escada móvel de madeira que, em caso de perigo, podia ser retirada a partir do interior da construção, isolando-a. Por vezes, nas zonas fronteiras à face da Torre de Menagem onde se abre a porta de acesso, é possível encontrar os testemunhos dos apoios dessa estrutura móvel de acesso, como, por exemplo, no castelo de Moreira do Rei, como já tivemos oportunidade de referir.
[Mário Jorge Barroca, Do castelo da Reconquista ao castelo Românico (séc. IX a XII), Portugália, Nova Série, Vol. XI-XII, p. 121, Instituto Português de Arqueologia, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 1990/91;]

Nota do Autor:

(1). — Sobre a origem da Torre de Menagem no castelo medieval europeu, veja-se Gabriel Fournier, Le Chateau dans la France Médiévale. Essai de Sociologie Monumentale. Paris, 1978, 80-90, e Michel Fixot, Notes sur la genèse du Château Roman, Matériaux pour l’Histoire dês Cadres de Vie dans l’Europe Occidentale (1050-1250), Nice, 1984, 45-62
.

Até breve.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O nome da Ordem e dos seus membros.

O título de Ordem só se legaliza com a Regra. O que a pequena comunidade é não passa de um grupo que se intitula, ou é intitulado por outros, de Irmãos Pobres do Templo de Jerusalém, Militares Pobres do Templo na Cidade Santa — «Pauperum Commilitonum Templi in Sancta Civitate», conforme reza o endereço da Regra. Nesta Regra os irmãos são chamados «Religiosos Soldados de Cristo», — «Commilitonum Christi», ou «Militum Templi». No decurso da Regra variam as nominações, apenas e talvez, para quebrar a monotonia repetitiva das mesmas palavras, mas o significado é o mesmo, ou idêntico: «Milites Templi dicamini» — vós que «vos dizeis Militares do Templo». O título «Christi Milites», na forma do ablativo — «Christi militibus» também aparece mencionada na regra, que lhes confirma o título de Ordem — «Militari Ordinis».
[Pinharanda Gomes, A Regra primitiva dos cavaleiros Templários, pp. 21-22.]
Até breve.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Templários na fronteira portuguesa.

Ao longo dos séculos XII e XIII estes cavaleiros ocuparam diversos pontos da fronteira portuguesa, quer em situações de domínio senhorial sobre o território, onde os poderes concelhios eram ténues, sobretudo em zonas de fraca densidade populacional, como a orla da Beira Baixa e Alto Alentejo, quer em espaços onde era vital a estruturação de importantes aglomerados defensivos. Neste último caso, os exemplos de Portalegre, já referido, Évora e Monsaraz são elucidativos da preocupação da milícia em apoiar a fixação de novos colonos em solo urbano.
(…) Os cavaleiros podiam, através das suas propriedades urbanas, atrair igualmente uma clientela de mercadores e de artífices, que, entre outras actividades, lhe entregava a custódia de objectos de valor ou almejava ser sepultada nos seus cemitérios.
[Nuno Villamariz Oliveira, Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314, Vol. I, pp. 151-152.]
Até breve.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Évora árabe (almohada).

Évora era naquele tempo, (1) depois da capital da província (Badajoz), a cidade mais importante dela. Vasta e populosa, está cingida de muros, em um castelo ou kassba (2) que a assoberbava constituía a sua principal defesa. O território dos arredores passava por ser um dos singulares em fertilidade, e os seus principais produtos eram os cereais, os gados e toda a casta de frutas e legumes. Um extenso comércio, tanto de importação como de exportação, a tornavam poderosa e rica, e a magnificência da sua principal mesquita merecia particular atenção dos viajantes. (3)
[Alexandre Herculano, História de Portugal, Desde o começo da monarquia até o fim do reinado de Afonso III, Tomo I, Livro II, p. 549.]

Nota do Autor:

(3). — Edrisi, Geografia, Vol. 2, p. 24. provavelmente o chamado Templo de Diana, cujas magníficas ruínas ainda existem, servia de mesquita aos sarracenos de Évora, se é que não era antes o sírio da kassba, por estar a cavaleiro da povoação, sendo a mesquita no lugar onde depois se edificou a sé. (Ibidem, p. 549, nota 187.)


Notas nossas:

(1). — Ano de 1162.
(2). — Alcáçova (castelo) árabe.
Até breve.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A Ordem: fiel depositária de bens.

Há, em primeiro lugar, a função de depositária que as várias casas do Templo desempenharam: e isso cada vez com mais frequência, à medida que a Ordem se desenvolvia. O tesoureiro do Templo de Paris, o do Templo de Londres, tiveram, a esse respeito, devido a essas posições, lugares de maior relevo. Esses depósitos podem ser ocasionais.
[Régine Pernoud, Os templários, p. 116.]
Até breve.

domingo, 16 de novembro de 2008

Privilégios dos abades de Alcobaça.

Fachada barroca do mosteiro de Alcobaça.

Na ordem social, era de assinalar a preeminência dos abades de Alcobaça sobre os demais clérigos: outrora assinavam e confirmavam nas doações reais imediatamente a seguir ao último bispo e, depois deles, os Mestres das Ordens militares, o Prior mor de St.ª Cruz de Coimbra, o Prior de Guimarães, o Prior de Palmela e Avis, e de todas as outras dignidades eclesiásticas com autoridade para assinarem nas confirmações.
[Leonor Correia de Matos, A Ordem de Cister e o Reino de Portugal, p. 47, Fundação Lusíada, Lisboa, 1999.]

Até breve.

sábado, 15 de novembro de 2008

Destruição de Torres Novas, em 1190.

O cerco almohada de 1190 não teve apenas consequências nefastas em Tomar, tendo atingido quase toda a Estremadura portuguesa. Efectivamente, a invasão almohada traduziu-se na conquista de Torres Novas, que foi incendiada e saqueada depois de resistir durante dez dias ao cerco do exército de Abu Yacub al-Mansur.
[Mário Jorge Barroca, A Ordem do Templo e a Arquitectura Militar Portuguesa do Século XII, p. 180.]

Até breve.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Templários nos reinos de Leão e Castela.

O reino de Leão e Castela, que sofreu várias mutações políticas e geográficas ao longo da sua história, só dispõe de documentação segura referente à presença dos primeiros Templários em datas mais tardias do que as dos outros reinos cristãos (1), nomeadamente através de algumas possessões na zona de Soria, em 1146, de herdades nos arredores de León, cerca de 1148, e da devolução da fortificação e vila de Calatrava, aos muçulmanos, em 1157.
[Nuno Villamariz Oliveira, Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314, Vol. I, p. 142.]

Nota do Autor:

(1). — Esta constatação tem sido geralmente interpretada como uma lacuna das fontes documentais templárias, que noutras regiões da península teriam tido a oporttunidade de transitar para outras Ordens Militares, como a de Cristo, em Portugal, ou a de Montesa, em Valência. Contudo, se considerarmos os acontecimentos ulteriores, verificamos que a presença da Templo neste reino é quase irrelevante, sobretudo se a compararmos com o poder que detiveram em Portugal, no reino aragonês ou na Catalunha.

Até breve.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Reis e Templários.


D. Afonso Henriques estava, não obstante, pouco disposto a renunciar à soberania dos lugares e territórios conferidos à Ordem. As investigações sobre a legitimidade das aquisições de terrenos e direitos dos cavaleiros do Templo, a que, qual D. Afonso III, mais determinante, o rei D. Dinis mandou proceder em 1314, não deixam alguma dúvida de que Afonso I, bem como os seus sucessores, sabia guardar os direitos do trono em face da Ordem. Pois, enquanto a tornava proprietária, poderosa e altamente favorecida, não se abstinha, contudo, de lhe lembrar os deveres peculiares do vassalo. Aquelas investigações provam isto suficientemente, conquanto os escassos fragmentos das cartas de doação, impressos, nos recusem o esclarecimento documental sobre o modo da dependência da Ordem e seus bens para com o rei.
[Heinrich Schæfer, História de Portugal, Vol. I, pp. 65.]
Até breve.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A ideia de Cruzada. (I)

Embora os portugueses e espanhóis de antanho tenham falado muito dos seus piedosos propósitos de cruzados, o pensamento de libertar Jerusalém ou duma cruzada contra os turcos foi, no declinar da Idade Média e também no século XVI, pouco mais do que um constante requisito da diplomacia europeia, uma maneira de falar, da qual podemos deduzir uma intenção de cruzada com tão pouca verosimilhança como hoje o faríamos de facto de uma aviador ter sobrevoado o pólo norte e lançado aí uma cruz abençoada pelo papa. Já então isso era, em grande parte, vinho novo em odres velhos.
[Carl Erdmann, A ideia de Cruzada em Portugal, p. 4.]
Até breve.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Templários em Portugal.

Estela funerária templária

Poucos anos depois da instalação da Ordem do Templo [na Palestina] e ainda antes do começo do reinado de D. Afonso [Henriques], encontramos os templários em Portugal. Documentalmente apresentam-se aqui, pela primeira vez, na primavera de 1128, no mesmo ano em que foi confirmada a Ordem pelo papa Honório II, no concílio de Troyes. Este concílio, porém, apesar de se realizar a 14 de Janeiro, não parece ter ocasionado a propagação da Ordem para Portugal. A aquisição de uma propriedade considerável, como o castelo de Soure, que tinha recebido em 1111 um foral do conde D. Henrique, faz supor já serviços prestados anteriormente. Pelo menos, fundou a adquirida convicção da utilidade desta Ordem. Além disso, contém o documento, de Abril de 1128, em que se menciona pela primeira vez os templários, a confirmação duma doação (1) já concedida antecedentemente. D. Teresa reconheceu a importância e a utilidade dos templários para Portugal, que começava a desenvolver-se; instigou a sua actividade e fixou-lhes, desde logo, o termo dos seus deveres, concedendo-lhes, além de Soure, com o seu distrito, todo o território entre Coimbra e Leiria, naquela época ainda incultivado e em poder dos sarracenos. Os cavaleiros fundaram neste sítio os castelos de Pombal, Ega e Redinha. Assim como as primeiras igrejas em tais regiões, mostrando-se tão cultivadores do terreno e propagadores do cristianismo quão bem ampliadores e protectores do novo Estado.
[Heinrich Schæfer, História de Portugal, Vol. I, pp. 60.]

Nota do Autor:

(1). — Ego Regina Tarasia magni Regis Alfonso filia... Ego Comes Fernandus donum, quod Domina mea Regina Militibus Templi donat, laudo et concedo. [Id., Vol. I, p. 60, nota 1.]

Até breve.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A Ordem estabelece-se. III

A própria rainha e seu filho, o infante D. Afonso Henriques — futuro [primeiro] rei português —, dão o exemplo e filiam-se [tomar a cruz], incentivando, assim, a que a nobreza faça o mesmo.
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 58.]

Nota do Autor:

Tanto mãe quanto filho ter-se-iam feito confrades [irmãos] da Milícia templária, entre os anos de 1126 e 1128, seguindo-se-lhes muitos outros cavaleiros das mais nobres famílias portuguesas da época. É por esta altura que, verdadeiramente protegida e apoiada se estabelece a Ordem em Portugal. Não só porque a receptividade ao ideário que propunha e defendia é bem acolhida pela alta nobreza e pelo clero portucalense, mas, muito principalmente, pelas entradas de inúmeros cavaleiros (filhos segundos e terceiros dessas famílias, que sendo nobreza é igualmente clero) que se verificam, bem como por casais abastados que a ela aderem com doações avultadas, de bens e terras — a um ritmo crescente e ininterrupto. Eles como cavaleiros ou apenas confrades, elas como freiras (ou freirissas). Assim sendo, tudo se alia e conjuga para que a Ordem engrandeça: em pessoas e bens. (Ibidem, p. 58, nota 118.)

Até breve.

domingo, 9 de novembro de 2008

A Ordem estabelece-se. II

Sabendo-se aceite, protegida pela rainha, pelo infante [que ainda não contestava o reino] e pela alta nobreza do condado, começa a construir, através das doações (1) que entretanto recebera, os castelos de Ega, Redinha e Pombal, na zona de Coimbra, bem como algumas igrejas. Recebe os primeiros membros, filhos dessa nobreza. (2)
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 58.]

Notas do Autor:

(1). — Naquele tempo, nem todas as doações eram assinadas — quando recebidas — pelos Mestres; ou, melhor dizendo, pelos Procuradores.
(2). — Cedo se instalou a nova Ordem em Portugal. (...) quando Hugo de Payns veio da Palestina à Europa, a fim de assentar a Ordem incipiente em bases mais largas, um seu irmão de religião, chamado Raimundo Bernardo, presumivelmente francês ou catalão, dirigiu-se para a Península Ibérica, para reunir dinheiro ou alistar membros para a Ordem. Em Março de 1128, estava ele em Braga, na corte da rainha portuguesa D. Teresa. Esta deve ter compreendido imediatamente a importância da nova corporação para a sua terra, pois logo se empenhou em persuadir os cavaleiros a estabelecer residência em Portugal e a empreender guerra contra os mouros. [Monumenta Henricina, Vol. I, p. 6, nota 5 — direcção de A. J. Dias Diniz e Comissão Executiva das Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique.] (Ibidem, p. 58, notas 116 e 117.)

Até breve.

sábado, 8 de novembro de 2008

A Ordem estabelece-se. I

A Ordem estabelece-se. (1)
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 58.]

Nota do Autor:

(1). — Segundo verificações efectuadas através de documentos, e no tempo, prova-se, sem quaisquer dúvidas, ser Portugal o primeiro reino na Península Ibérica a ver estabelecida a Ordem do Templo no seu espaço geográfico. Vejamos o que sobre isso escreve frei Bernardo da Costa [ob. cit., pp. 2-3]: E sem dúvida, que logo no seu princípio a Ordem do Templo foi recebida, e admitida neste Reino de Portugal, e me persuado foi muito primeiro que no reino de Hespanha; porque sendo ela criada na Palestina pelos nove Cavaleiros, que lhe deram o princípio, na melhor, e mais bem aceite opinião, no ano de mil cento e dezoito (conferidos os Autores mais capazes nas Cronologias) e confirmada pelo papa Honório II, no concílio Trecence, em catorze de Janeiro do ano de Cristo de mil cento e vinte e oito, como consta das sessões do mesmo Concílio, e mais Documentos, sem dúvida alguma. Já no mesmo ano da sua confirmação, consta estar a Ordem do Templo não só aceita, mas estabelecida em Portugal; e não só neste ano, mas ainda nos antecedentes, e pouco depois que os nove Cavaleiros lhe deram o princípio na Palestina. (Ibidem, p. 58, nota 115.]

Até breve.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Templários como corpo militar de elite.

Templários em combate.

Os investigadores já são unânimes em considerar que o papel dos Templários como corpo militar de elite começaria a tornar-se decisivo, no auxílio às pretensões de D. Afonso Henriques, a partir da conquista de Santarém, em 1147. É possível que a Ordem, ao receber do rei, como gesto de reconhecimento pelo seu papel decisivo em tão importante conquista, o direito eclesiástico desta urbe e suas respectivas rendas, tenha tido a intenção de aqui estabelecer uma forte presença, a avaliar pela sua actividade edificadora, cujos exemplos mais sonantes foram a igreja de Santa Maria da Alcáçova, a igreja de Santiago (de Marvila), as muitas propriedades na periferia e, porventura, o auxílio na reconstrução das muralhas da cidade.
[Nuno Villamariz Oliveira, Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314, Vol. I, pp.. 156-157.]


Até breve.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A expansão da Ordem em Portugal.

A segunda metade do século XII foi a época em que se deu a maior expansão territorial de toda a história da Ordem em Portugal.
[Nuno Villamariz Oliveira, Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314, Vol. I, p. 157.]

Até breve.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Territórios templários.

Não sabemos que relações mediavam entre o território de Pombal-Redinha e o de Soure-Ega, como nem se os templários haviam ou não conquistado para si aquele território. A tradição, a esse respeito, tornou-se sumamente confusa por causa dos ulteriores conflitos dos dízimos com o bispo de Coimbra.
[Carl Erdmann, A ideia de Cruzada em Portugal, p. 36, nota 3, Publicações do Instituto Alemão da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1940.]

Até breve.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Os primeiros povoados fortificados.

No plano arquitectónico e urbano o florescimento dos primeiros povoados fortificados, que entre nós encontra magnífica expressão em V. N. de S. Pedro, constitui o corolário deste processo. As necessidades de defesa passaram a moldar o urbanismo dos povoados, definindo-os como espaços fechados e comprimidos, onde o colectivo se unia para garantir a manutenção de segurança. A oposição entre habitat e espaços envolventes, não votados à presença de estruturas residenciais, tornou-se, a partir de então, clara e bem delimitada. A fronteira passou a ser também material.
[Mário Jorge Barroca, Do castelo da reconquista ao castelo românico (séc. IX a XII), p. 90, Portugália, Nova Série — Volume XI-XII, Instituto de Arqueologia, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 1990/1991.]
Até breve.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Consequências da derrota de Badajoz.

Este rei Fernando (1) havia tomado como esposa a Urraca filha de Afonso, rei de Portugal, a qual, no entanto, não podia ser sua esposa legítima, já que eram parentes em terceiro grau segundo a lei canónica, pois o imperador (2) e o rei de Portugal eram aparentados em segundo grau, já que eram filhos de duas irmãs (3), filhas do rei Afonso (4), o que conquistou Toledo. Como dote deste enlace ilegítimo, o rei havia entregue ao rei de Portugal muitos castelos, que depois recuperou quando este foi capturado em Badajoz, atirado que foi da montada e de tal maneira que nunca mais montou a cavalo (5).
Também nessa altura foi capturado Giraldo, dito «Sem pavor», que foi entregue a Rodrigo Fernández, o Castelhano (6), o qual, em troca da sua liberdade, Giraldo fez entrega dos castelos de Montánchez, Trujillo, Santa Cruz de la Sierra e Mofre, que o mesmo Giraldo havia ganho aos sarracenos. Empobrecido e desprovido de qualquer ajuda, refugiou-se junto dos sarracenos, aos quais havia causado tantos danos, e pelos quais foi decapitado em terras marroquinas com um pretexto insignificante. (tradução nossa, do castelhano.)
[Crónica Latina dos Reis de Castela, edição de Luís Charlo Brea, §10, p. 36.]

Notas nossas:

(1). — Fernando II, rei de Leão.
(2)). — Afonso VII, rei de Leão e Castela, Imperador das Hespanhas.
(3). — D. Urraca e D. Teresa.
(4). — Afonso VI, rei de Leão, Castela e Galiza, e Imperador das Hespanhas.
(5). — Luís Charlo Brea, em nota de rodapé, refere o arcebispo de Toledo, D. Rodrigo Jiménez de Rada, Historia de los hechos de España (edição de Juan Fernández Valverde, Alianza Universidad, Madrid, 1984), dizendo que este é muito mais explícito. (Ibidem, p. 36, nota 90.)
(6). — Incompatibilizado, há muito, com o rei de Castela, Afonso VIII, Pedro Fernández, o castelhano, morre em terras de Marrocos, na corte do miramolim, poucos dias antes da morte, na aldeia de Gutierre Muñoz, situada entre Ávila e Arévalo, do soberano castelhano, que o perseguia obstinadamente — (…) al cual como enemigo capital el rey noble perseguia (…) —, desde que aquele se passara, há longos anos, para o lado dos califas almohadas. (Ibidem, § 28, p. 59.)
Até breve.

domingo, 2 de novembro de 2008

Charola ou Rotunda? II

Pormenor da Charola ou Rotunda.


A rotunda ou charola (1) é uma igreja poligonal, de planta centrada, com um santuário octogonal e um deambulatório cuja parede externa tem dezasseis panos, separados por contrafortes e encimados por merlões (séculos XII-XIII). Estas igrejas dos Templários tinham como protótipo [a igreja d]o Santo Sepulcro de Jerusalém, numa tradição que já vinha de construções religiosas tumulares romanas. [Tesouros Artísticos de Portugal (coordenação de José António Ferreira de Almeida), p. 19, Selecções do Reader’s Digest, Lisboa, 1982.]

A charola de Tomar, cuja traça se baseou no tipo de mesquitas sírias, gosto adquirido pelos cavaleiros da Ordem do Templo durante as lides orientais, e por eles aplicada no Ocidente, é um raríssimo santuário da Alta Idade Média que segue o protótipo da Ermida de Omar [Jerusalém], modelo igualmente aplicado nas Capelas de Eunate [Navarra] e Vera Cruz [Segóvia]. [Ibidem, p. 549.]

O templo coroado de ameias, constava de um espaço central octogonal, envolvido por um deambulatório de dezasseis faces, coberto de abóbada anelar apoiadas em dezasseis arcos torais. [Manuel Sílvio Alves Conde, Tomar Medieval, p. 128.]

A charola seria tão-só uma torre incluída no sistema defensivo. (…) tendo sido erguida no século XII, com objectivos militares e religiosos. Em vista deste facto talvez seja mais correcto chamar-lhe de oratório-fortaleza. Ela foi construída “… pera os que estivessem em guarda deste castello em tempo que disso houvesse necessidade tivessem oratório em que ouvissem missa e rezassem e juntamente fortaleza a qual, no logar onde esta egreja esta edificada lhe era necessária por ser muito mais alto que o lugar onde estaa o castelo que lhe fica sujeito em tanto que tomado este lugar com pouca dificuldade se tomaria o castelo…” [Ernesto José Nazaré A. Jana, Tomar e seu Termo no séc. XII, p. 77, citando Reservados, Biblioteca Nacional de Lisboa (BNL), cod. 8533, fl. 3 e Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), Ordem de Cristo, livro 232, fl. III-IIIv.]

(…) a Rotunda tomarense vai buscar o seu arquétipo precisamente à Mesquita de Omar (…) erguida em Jerusalém pelo califa Omar, guerreiro contemporâneo de Maomé e difusor da religião islâmica, cujo lugar os cruzados converteram em Templum Domini, e que veio a ser a sede dos Templários na Cidade Santa.
Igualmente referirá o autor numa outra página anterior:
(…) Não obstante, esta obra (2) contém das mais importantes análises da arte religiosa da Ordem do Templo, que ainda hoje mereceriam uma conveniente reflexão. Na verdade, ao tratar da Rotunda do Convento de Cristo em Tomar, compara o seu traçado circular com os edifícios homónimos de Paris e Londres, a capela de Aix, a Capela do Fundador e as Capelas Imperfeitas, no Mosteiro da Batalha. [Nuno Villamariz Oliveira, Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314, Vol. I, pp. 175 e 37, respectivamente.]

Ainda, segundo palavras de fr. Bernardo da Costa, a Igreja o não he, pello exterior senão tivera abertas na parede grandes frestas. A figura em tudo he de hum Castello antiguo[História da Militar Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, p.141, Coimbra, 1771 (reimpressão fac-similada, 1997).]

Notas nossas:

(1) Oratório dos templários, que o consagraram a S. Tomás da Cantuária.
[citado de José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 185, nota 529, Zéfiro, Sintra, 2008.]
(2) Cf. Aarão de Lacerda, Arte em Portugal nos séculos XII, XIII e XIV, História de Arte em Portugal, Vol. I, p. 356, Portucalense Editora, Porto, 1942.

[Sobre este mesmo tema, ver o texto Charola ou Rotunda, de Domingo, 27 de Julho de 2008, inserido no mais encanto.]


Até breve.

sábado, 1 de novembro de 2008

Lealdade templária.

Pintura de Carlos Alberto Santos.


Nunca os templários portugueses se afastaram da lealdade devida ao seu Rei; e, enquanto em Castela e em Leão se sublevavam contra os seus soberanos, declarando-lhes guerra aberta, mostravam-se em Portugal sempre possuídos de afeição pelo imperante e pela pátria.
[Heinrich Schæffer, História de Portugal, Vol. I, p. 310, Ed. Escriptório da Empreza Editora, Porto, 1893.]
Até breve.