Doação de D. Afonso Henriques aos Templários do [arruinado] castelo de Ceras, (1) com todos os seus termos, de direito hereditário. Nesta zona, duas a três léguas afastados para sul (2), virão a ser construídos o castelo e a [futura] urbe de Tomar (3), com vista à sua defesa e povoamento. (4)
(...) Tratou logo D. Afonso Henriques de dotar a nova catedral [de Lisboa], passando para o bispo as rendas eclesiásticas de Santarém, em troca de compensações aos Templários, aos quais primeiro haviam sido conferidas. (5)
[José Manuel Capêlo, As Sedes Templárias em Portugal, Castelo Branco, a Cidade-Capital Templária de Portugal: de 1215 a 1314, Codex Templi, Capítulo VII, pp. 177-178.]
Notas do Autor:
(1). — Alexandre Herculano chama-lhe Cera. Inclusa no mesmo termo, a povoação de Olalhas é doada à Ordem pelo rei português. [Tesouros Artísticos de Portugal, p. 421.]
(3). — Segundo nos refere Manuel Sílvio Alves Conde: O território do antigo termo de Tomar, cuja área total era de cerca de 40.000 hectares, encontrava-se situado entre as latitudes de 39° 45’ 40’’ e 39° 31’ 20’’. Os pontos extremos da longitude correspondiam a 8° 30’ e 8° 14’ W. [Tomar Medieval, p. 21.]
(4). — Com o domínio de Ceras-Tomar, a que se juntava, em 1169, o dos castelos de Cardiga e Zêzere, reforçados em 1171, pela construção do de Almourol, os cavaleiros do Templo passavam a deter importantes posições estratégicas na margem direita do Tejo. Controlavam os acessos a Coimbra, a partir do Sul, e a Santarém, a partir de Leste. [Manuel Sílvio Alves Conde, Tomar Medieval, p. 40.]
(5). — Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, Vol. I, p. 93.
(...) Tratou logo D. Afonso Henriques de dotar a nova catedral [de Lisboa], passando para o bispo as rendas eclesiásticas de Santarém, em troca de compensações aos Templários, aos quais primeiro haviam sido conferidas. (5)
[José Manuel Capêlo, As Sedes Templárias em Portugal, Castelo Branco, a Cidade-Capital Templária de Portugal: de 1215 a 1314, Codex Templi, Capítulo VII, pp. 177-178.]
Notas do Autor:
(1). — Alexandre Herculano chama-lhe Cera. Inclusa no mesmo termo, a povoação de Olalhas é doada à Ordem pelo rei português. [Tesouros Artísticos de Portugal, p. 421.]
(3). — Segundo nos refere Manuel Sílvio Alves Conde: O território do antigo termo de Tomar, cuja área total era de cerca de 40.000 hectares, encontrava-se situado entre as latitudes de 39° 45’ 40’’ e 39° 31’ 20’’. Os pontos extremos da longitude correspondiam a 8° 30’ e 8° 14’ W. [Tomar Medieval, p. 21.]
(4). — Com o domínio de Ceras-Tomar, a que se juntava, em 1169, o dos castelos de Cardiga e Zêzere, reforçados em 1171, pela construção do de Almourol, os cavaleiros do Templo passavam a deter importantes posições estratégicas na margem direita do Tejo. Controlavam os acessos a Coimbra, a partir do Sul, e a Santarém, a partir de Leste. [Manuel Sílvio Alves Conde, Tomar Medieval, p. 40.]
(5). — Fortunato de Almeida, História da Igreja em Portugal, Vol. I, p. 93.
Nota nossa:
(2). — Ao contrário do que nos diz o autor, hoje pensamos, pelos dados ao nosso dispor, que o castelo de Ceras e o castelo de Tomar são um e o mesmo castelo. A tradição manteve-os como se fossem dois, mas pelas investigações que especialistas fizeram nos últimos vinte anos, pode-se concluir que o castelo de Ceras e o castelo de Tomar são um único: sendo este construído sobre as ruínas daquele.
Até breve.
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