domingo, 18 de janeiro de 2009

Cira.

Mata, brenha, lugar cheio de silvados e matagais. À direita do Tejo, e cinco léguas de Lisboa, havia uma dilatada cira ou mata, que el-rei D. Sancho I doou a D. Raulino e outros Flamengos, no de 1200, para ali se estabelecerem e com as maiores franquias. Parece não fizeram largos progressos e que, havendo roteado alguma pequena parte, a demitiram à coroa, pois, no de 1206, o mesmo rei fez doação da sua vila de Villa Franca de Cira (que hoje dizem Xira) a D. Fruilla ou Froilhe Hermiges pelos muitos serviços, que lhe tinha feito, et uia estis multum naturalis nostra. No de 1228, fez esta senhora doação não só de Villa Franca de Cira mas ainda de todos os seus muitos bens, havidos e por haver, nos três reinos de Portugal, Leão e Castela aos da Ordem do Templo, pelos muitos benefícios, que tinha recebido e esperava receber: et quoniam ipsi me receperunt in sua Sancta Confraternitate, et in omnibus suis bonis Orationibus. Assim se vê pelos documentos de Tomar.
[fr. Joaquim de Santa Rosa de Viterbo, Elucidário, Vol. II (B-Z), p. 103.]
Até breve.

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