terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O privilégio da nobreza.

Armaduras medievais, existentes no Museu de Arte Metropolitano,
de Nova Yorque, USA.

As virtudes pessoais e o serviço público — vindos da Roma antiga — juntam-se assim ao valor militar para conferir à sociedade ibérica medieval a sua característica fundamental, a mobilidade, que permitia aceder à única «ordem» querida por Deus, a nobreza, uma nobreza moral que sancionava aos olhos dos homens o título que a garantia. O papel dos soberanos na qualidade de distribuidores deste título adquiriu tanto mais importância quanto, como representante de Deus na Terra, o rei sancionava daí em diante o valor moral dos seus súbditos. O privilégio da nobreza era, evidentemente, acompanhado da obrigação do serviço das armas e, consequentemente, da isenção de impostos. A coroa, que obtinha das contribuições indirectas a imensa maioria dos seus recursos, podia assim dar-se a esse «luxo», e nós bem sabemos que de facto os caballeros e os hidalgos participavam dos despojos reais.
[Adeline Rucquoi, História Medieval da Península Ibérica, p. 248, Editorial Estampa, Lisboa, 1995.]

Até breve.

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