Embora os portugueses e espanhóis de antanho tenham falado muito dos seus piedosos propósitos de cruzados, o pensamento de libertar Jerusalém ou duma cruzada contra os turcos foi, no declinar da Idade Média e também no século XVI, pouco mais do que um constante requisito da diplomacia europeia, uma maneira de falar, da qual podemos deduzir uma intenção de cruzada com tão pouca verosimilhança como hoje o faríamos de facto de uma aviador ter sobrevoado o pólo norte e lançado aí uma cruz abençoada pelo papa. Já então isso era, em grande parte, vinho novo em odres velhos.
[Carl Erdmann, A ideia de Cruzada em Portugal, p. 4.]
[Carl Erdmann, A ideia de Cruzada em Portugal, p. 4.]
Até breve.
Sem comentários:
Enviar um comentário