Este rei Fernando (1) havia tomado como esposa a Urraca filha de Afonso, rei de Portugal, a qual, no entanto, não podia ser sua esposa legítima, já que eram parentes em terceiro grau segundo a lei canónica, pois o imperador (2) e o rei de Portugal eram aparentados em segundo grau, já que eram filhos de duas irmãs (3), filhas do rei Afonso (4), o que conquistou Toledo. Como dote deste enlace ilegítimo, o rei havia entregue ao rei de Portugal muitos castelos, que depois recuperou quando este foi capturado em Badajoz, atirado que foi da montada e de tal maneira que nunca mais montou a cavalo (5).
Também nessa altura foi capturado Giraldo, dito «Sem pavor», que foi entregue a Rodrigo Fernández, o Castelhano (6), o qual, em troca da sua liberdade, Giraldo fez entrega dos castelos de Montánchez, Trujillo, Santa Cruz de la Sierra e Mofre, que o mesmo Giraldo havia ganho aos sarracenos. Empobrecido e desprovido de qualquer ajuda, refugiou-se junto dos sarracenos, aos quais havia causado tantos danos, e pelos quais foi decapitado em terras marroquinas com um pretexto insignificante. (tradução nossa, do castelhano.)
[Crónica Latina dos Reis de Castela, edição de Luís Charlo Brea, §10, p. 36.]
Notas nossas:
(1). — Fernando II, rei de Leão.
(2)). — Afonso VII, rei de Leão e Castela, Imperador das Hespanhas.
(3). — D. Urraca e D. Teresa.
(4). — Afonso VI, rei de Leão, Castela e Galiza, e Imperador das Hespanhas.
(5). — Luís Charlo Brea, em nota de rodapé, refere o arcebispo de Toledo, D. Rodrigo Jiménez de Rada, Historia de los hechos de España (edição de Juan Fernández Valverde, Alianza Universidad, Madrid, 1984), dizendo que este é muito mais explícito. (Ibidem, p. 36, nota 90.)
(6). — Incompatibilizado, há muito, com o rei de Castela, Afonso VIII, Pedro Fernández, o castelhano, morre em terras de Marrocos, na corte do miramolim, poucos dias antes da morte, na aldeia de Gutierre Muñoz, situada entre Ávila e Arévalo, do soberano castelhano, que o perseguia obstinadamente — (…) al cual como enemigo capital el rey noble perseguia (…) —, desde que aquele se passara, há longos anos, para o lado dos califas almohadas. (Ibidem, § 28, p. 59.)
Também nessa altura foi capturado Giraldo, dito «Sem pavor», que foi entregue a Rodrigo Fernández, o Castelhano (6), o qual, em troca da sua liberdade, Giraldo fez entrega dos castelos de Montánchez, Trujillo, Santa Cruz de la Sierra e Mofre, que o mesmo Giraldo havia ganho aos sarracenos. Empobrecido e desprovido de qualquer ajuda, refugiou-se junto dos sarracenos, aos quais havia causado tantos danos, e pelos quais foi decapitado em terras marroquinas com um pretexto insignificante. (tradução nossa, do castelhano.)
[Crónica Latina dos Reis de Castela, edição de Luís Charlo Brea, §10, p. 36.]
Notas nossas:
(1). — Fernando II, rei de Leão.
(2)). — Afonso VII, rei de Leão e Castela, Imperador das Hespanhas.
(3). — D. Urraca e D. Teresa.
(4). — Afonso VI, rei de Leão, Castela e Galiza, e Imperador das Hespanhas.
(5). — Luís Charlo Brea, em nota de rodapé, refere o arcebispo de Toledo, D. Rodrigo Jiménez de Rada, Historia de los hechos de España (edição de Juan Fernández Valverde, Alianza Universidad, Madrid, 1984), dizendo que este é muito mais explícito. (Ibidem, p. 36, nota 90.)
(6). — Incompatibilizado, há muito, com o rei de Castela, Afonso VIII, Pedro Fernández, o castelhano, morre em terras de Marrocos, na corte do miramolim, poucos dias antes da morte, na aldeia de Gutierre Muñoz, situada entre Ávila e Arévalo, do soberano castelhano, que o perseguia obstinadamente — (…) al cual como enemigo capital el rey noble perseguia (…) —, desde que aquele se passara, há longos anos, para o lado dos califas almohadas. (Ibidem, § 28, p. 59.)
Até breve.
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