Tabelião na Idade Média
(…) o século de Quatrocentos representa, sobretudo na segunda metade da centúria, um ponto de viragem neste processo de criação e multiplicidade de fundos arquivístico-documentais deste tipo de instituições. Nesse período, de facto, cresceu a intervenção do poder régio português sobre tais institutos religioso-militares, acentuando-se as políticas comendatárias em favor de uma alta-nobreza e da família real. Tal evolução culminará, em Portugal, na assunção, pelo próprio monarca, no segundo quartel de Quinhentos, dos títulos máximos de controle dessas sobreditas Ordens.
(…) Mercê dessa acção actualizadora da memória documental, como também ideológica, do passado salvaguardado nos cartórios dessas Ordens, foram surgindo novos tombos e cartulários, verdadeiros arquivos librários em cujos fólios se plasmaram, pela diligente acção dos copistas autorizados, cópias fidedignas da antiga documentação que se teve por elucidativa e útil ao normal e positivo funcionamento de cada instituto.
(…) A própria Coroa patrocinará a elaboração, no contexto das reformas arquivísticas manuelinas conhecidas como ciclo da “Leitura Nova”,a elaboração de um magno cartulário, o Livro dos Mestrados, em cujos fólios se traslada numerosa documentação, sobretudo da Ordem do Templo, depois de Cristo, bem como, ainda que em número reduzido, da Ordem de Santiago e, finalmente, um pequeníssimo conjunto de diplomas da Ordem de Avis (1).
[Saúl António Gomes, Observações em torno das Chancelarias das Ordens Militares em Portugal, na Idade Média, pp. 112-113, e, parcialmente, a nota 9, As Ordens Militares e as Ordens de Cavalaria na Construção do Mundo Ocidental — Actas do IV Encontro sobre Ordens Militares, Edições Colibri/Câmara Municipal de Palmela, Lisboa, 2005.]
Nota do Autor:
Os documentos da Ordem do Templo/Cristo ocupam os fólios 1 a 178vº. e 212 a 213vº. (…) Apesar de alguns problemas de cópia diplomática vulgarmente atribuídos à Leitura Nova, isso não lhe retira, mormente neste Livro de Mestrados, a real importância heurística. Este tombo ou cartulário, contudo, não se apresenta concluído. De qualquer modo, cerca de 5/6 do Livro aludem a documentação templária. (nota 9.)
(…) o século de Quatrocentos representa, sobretudo na segunda metade da centúria, um ponto de viragem neste processo de criação e multiplicidade de fundos arquivístico-documentais deste tipo de instituições. Nesse período, de facto, cresceu a intervenção do poder régio português sobre tais institutos religioso-militares, acentuando-se as políticas comendatárias em favor de uma alta-nobreza e da família real. Tal evolução culminará, em Portugal, na assunção, pelo próprio monarca, no segundo quartel de Quinhentos, dos títulos máximos de controle dessas sobreditas Ordens.
(…) Mercê dessa acção actualizadora da memória documental, como também ideológica, do passado salvaguardado nos cartórios dessas Ordens, foram surgindo novos tombos e cartulários, verdadeiros arquivos librários em cujos fólios se plasmaram, pela diligente acção dos copistas autorizados, cópias fidedignas da antiga documentação que se teve por elucidativa e útil ao normal e positivo funcionamento de cada instituto.
(…) A própria Coroa patrocinará a elaboração, no contexto das reformas arquivísticas manuelinas conhecidas como ciclo da “Leitura Nova”,a elaboração de um magno cartulário, o Livro dos Mestrados, em cujos fólios se traslada numerosa documentação, sobretudo da Ordem do Templo, depois de Cristo, bem como, ainda que em número reduzido, da Ordem de Santiago e, finalmente, um pequeníssimo conjunto de diplomas da Ordem de Avis (1).
[Saúl António Gomes, Observações em torno das Chancelarias das Ordens Militares em Portugal, na Idade Média, pp. 112-113, e, parcialmente, a nota 9, As Ordens Militares e as Ordens de Cavalaria na Construção do Mundo Ocidental — Actas do IV Encontro sobre Ordens Militares, Edições Colibri/Câmara Municipal de Palmela, Lisboa, 2005.]
Nota do Autor:
Os documentos da Ordem do Templo/Cristo ocupam os fólios 1 a 178vº. e 212 a 213vº. (…) Apesar de alguns problemas de cópia diplomática vulgarmente atribuídos à Leitura Nova, isso não lhe retira, mormente neste Livro de Mestrados, a real importância heurística. Este tombo ou cartulário, contudo, não se apresenta concluído. De qualquer modo, cerca de 5/6 do Livro aludem a documentação templária. (nota 9.)
Até breve.
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