Castelo de Soure.
A transferência da cúria para Coimbra trouxe, naturalmente, para a ordem do dia a questão da segurança da cidade. As medidas sucederam-se. Pouco anos antes, D. Afonso Henriques tinha confirmado à Ordem do Templo a posse do Castelo de Soure e do seu termo (onde se incluíam as povoações de Ega, Redinha e Pombal). A primeira doação deste território tinha sido assinada por D. Teresa em 19 de Março de 1128 (DR, 79). Depois da batalha de São Mamede, o príncipe «confirma» a doação de sua mãe, outorgando, a 14 de Maio de [1129-1130], um diploma de teor semelhante (DR, 96). O diploma de D. Teresa ocupa um lugar especial na história dos Templários em Portugal já que é o primeiro documento que testemunha a presença destes freires entre nós, apenas uma década depois da fundação da Ordem em Jerusalém. Com essa doação, os freires do Templo recebiam um território de vital importância, que permitia controlar os acessos a Coimbra a partir do sul, nomeadamente o itinerário que seguia a velha estrada romana que ligava Lisboa a Coimbra. O diploma de D. Afonso Henriques, de [1129-1130], veio confirmar a confiança que o infante depositava nos freires, que nessa altura estariam, por certo, a reconstruir o antigo Castelo de Soure, erguido por D. Sesnando depois da reconquista de 1064.
[Mário Jorge Barroca, Do vale do Mondego à reconquista definitiva de Lisboa (1147), Vol. 1, p. 40, Da Reconquista a D. Dinis, Nova História Militar de Portugal.]
[Mário Jorge Barroca, Do vale do Mondego à reconquista definitiva de Lisboa (1147), Vol. 1, p. 40, Da Reconquista a D. Dinis, Nova História Militar de Portugal.]
Até breve.
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