O ideal trovadoresco expresso nos cancioneiros teve a sua expressão em prosa narrativa escrita, género que se impôs ao público à medida que a arte dos jograis declinava. O tradutor português de um romance de cavalaria, ou o seu copista, fala-nos de gente que lê e leva consigo de um lado para o outro pequenos códices.
O livro em prosa onde mais exemplarmente se espelham os modelos amorosos das cortes de Afonso X ou de D. Dinis é o Amadis de Gaula, publicado pela primeira vez em Saragoça, em 1508, por Garci Rodriguez de Montalvo, ou, como aparece em edições seguintes, Garci Ordoñez de Montalvo. Este não se apresenta como autor da obra. Diz que corrigiu estes três livros de Amadis, que, por falta dos maus escritores ou compositores, se liam mui corruptos e viciosos, e que trasladou e emendou o livro quarto, etc. Ora, antes de 1379, um autor castelhano alude ao Amadis «em três livros»; e há outra menção castelhana de cerca de 1350.
[António José Saraiva, O Crepúsculo da Idade Média em Portugal, pp. 44-45.]
O livro em prosa onde mais exemplarmente se espelham os modelos amorosos das cortes de Afonso X ou de D. Dinis é o Amadis de Gaula, publicado pela primeira vez em Saragoça, em 1508, por Garci Rodriguez de Montalvo, ou, como aparece em edições seguintes, Garci Ordoñez de Montalvo. Este não se apresenta como autor da obra. Diz que corrigiu estes três livros de Amadis, que, por falta dos maus escritores ou compositores, se liam mui corruptos e viciosos, e que trasladou e emendou o livro quarto, etc. Ora, antes de 1379, um autor castelhano alude ao Amadis «em três livros»; e há outra menção castelhana de cerca de 1350.
[António José Saraiva, O Crepúsculo da Idade Média em Portugal, pp. 44-45.]
Até breve.
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