Nestas referências não se indica o autor, mas, em 1454, o cronista português Gomes Eanes de Zurara, na Crónica de D. Pedro de Meneses, declara que o Amadis fora escrito no tempo de el-rei D. Fernando «a prazer de um homem chamado Vasco de Lobeira».
No tempo do rei D. Fernando, que começou a reinar cerca de 1345 (1), já os três livros do Amadis eram lidos e citados por autores castelhanos como obra muito conhecida. Portanto, não podemos atribuí-los a este Vasco de Lobeira.
(…) No Cancioneiro de Colocci-Brancutti é subscrita pelo redactor, João Lobeira. João Lobeira é um cavaleiro-fidalgo, vassalo de Afonso III e de D. Dinis e oriundo da Galiza. Há notícias dele a partir de 1261 e até 1285 (2).
Nada mais tentador do que relacionar o João Lobeira da época de D. Dinis com o Vasco de Lobeira do tempo de D. Fernando e atribuir a este a continuação de uma obra começada por aquele.
[António José Saraiva, O Crepúsculo da Idade Média em Portugal, p. 45.]
No tempo do rei D. Fernando, que começou a reinar cerca de 1345 (1), já os três livros do Amadis eram lidos e citados por autores castelhanos como obra muito conhecida. Portanto, não podemos atribuí-los a este Vasco de Lobeira.
(…) No Cancioneiro de Colocci-Brancutti é subscrita pelo redactor, João Lobeira. João Lobeira é um cavaleiro-fidalgo, vassalo de Afonso III e de D. Dinis e oriundo da Galiza. Há notícias dele a partir de 1261 e até 1285 (2).
Nada mais tentador do que relacionar o João Lobeira da época de D. Dinis com o Vasco de Lobeira do tempo de D. Fernando e atribuir a este a continuação de uma obra começada por aquele.
[António José Saraiva, O Crepúsculo da Idade Média em Portugal, p. 45.]
Nota nossa:
(1). — D. Fernando começou a reinar em 1367. Nasceu, sim, em 1345. Houve aqui um lapso do nosso autor.
Nota do autor:
(1). — Ver C.(arolina) Michaëlis, Cancioneiro da Ajuda, Vol. II, pp. 523-525.
(1). — Ver C.(arolina) Michaëlis, Cancioneiro da Ajuda, Vol. II, pp. 523-525.
Até breve.
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