terça-feira, 28 de julho de 2009

Ataques almorávidas a Leiria e castelos limítrofes, entre 1116 e 1144. (III)

Castelo de Leiria.

Leiria terá sido atacada, ainda, em 1144, uma vez que, nesta data, os muçulmanos conseguiram atingir Soure deixando um rasto de destruição pelo seu caminho. Escreve o autor da Vita Sancti Martini Saurensis que, neste ano, “paganorum procella ferocius insaniret sauriensium fines inuasit, et multos mortales, homines uidelicet cum peccore, aliaque preda captiuauit”, o que pressupõe uma incapacidade de Leiria para os deter evitando que alcançassem os campos sourienses. (1)
Que, por este ano, Leiria necessitava de fazer frente a incursões e razias muçulmanas prova-o a postura municipal de Coimbra de 16 de Julho de 1145, que determinava, num apelo ao ideal cruzadístico, que: “omnes qui uoluerint ire ad lherosolimen non habeant licenciam eundi sed in auxilio illius castelli de Leirena et tocius extremature: et quicumque ibi fuerit mortuus habeat talem remissionem sicuti illi migrauerit in lherosolimis.” (2)
[Saul António Gomes, Introdução à História do Castelo de Leiria, p. 23.]

Notas do Autor:

(1). — PMH — Scriptores, p. 62, nº. 11; Leontina Ventura, op. cit. [Soure na sua História: Algumas Reflexões], p. 41.
(2). — Livro Preto da Sé de Coimbra, fl. 221; Pub. A. Jesus da Costa, Teresa Veloso e Leontina Ventura, Livro Preto da Sé de Coimbra, Vol. III, doc. 576, p. 263.


Até breve.

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