A denominação de Vila Franca da Cardosa surge no início do século XIII quando da doação, por D. Fernando Sanches (1), dessa propriedade aos Templários, que terão substituído esse nome pelo de Castelo Branco. Os tempos de prosperidade vieram após a concessão do primeiro foral, em 1252, e com o desenvolvimento económico empreendido pelos cavaleiros, que elevariam a urbe á categoria de sua segunda possessão mais importante no território português, imediatamente abaixo de Tomar (2), situação que permaneceu com a passagem para a milícia de Cristo, no primeiro quartel do século XIV, tendo nela sido celebrados diversos capítulos da Ordem. As dimensões invulgares do castelo e da urbe fortificada foram capazes, só por si, de impor respeito ao inimigo até ao advento da pirobalística.
[Nuno Villamariz Oliveira, Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314, Vol. I, p. 277.]
Nota nossa:
(1). — Filho de D. Sancho I e irmão do rei D. Afonso II.
(2). — Não posso concordar, neste ponto, com o arquitecto Nuno Villamariz Oliveira, dado que depois de Castelo Branco se ter tornado sede da Ordem em Portugal, Tomar passou a simples Comenda e vigaria. Esta voltaria a ocupar o lugar que merecidamente a destaca na História deste País, só depois da Ordem de Cristo se ter mudado, da sua sede de Castro Marim, de regresso a ela, e de a ter dotado, através dos anos, com os edifícios arquitectónicos de beleza ímpar que hoje se contemplam e se distinguem: o convento com as suas particularidades únicas.
Castelo Branco, e o seu castelo templário, por sua vez, entraram num processo de declínio e desagregação, de que só há pouco mais de um século conseguiram reerguer-se e remodernizar-se, depois de todas as vicissitudes que, através dos anos, quase os destruíram por completo. O castelo, principalmente, ainda a precisar de urgentes trabalhos arqueológicos não só de recuperação da sua morfologia — muito coberta pela terra de séculos — e, por consequência, torná-lo bem mais visível aos olhos dos que o visitam, mas, muito principalmente, ser estudo e documento escrito e visual, feitos por arqueólogos competentes, a partir dos vestígios e elementos encontrados, que são muitos e variados naquele grande campo de pesquisa. Não só no terreiro, mas nas vertentes que o marginam. E há que aproveitá-los sem os procurar destruír, para orgulho de uma cidade que se deverá contemplar orgulhosamente num tempo, e na História, que a soube fazer erguer.
[Nuno Villamariz Oliveira, Castelos da Ordem do Templo em Portugal, 1120-1314, Vol. I, p. 277.]
Nota nossa:
(1). — Filho de D. Sancho I e irmão do rei D. Afonso II.
(2). — Não posso concordar, neste ponto, com o arquitecto Nuno Villamariz Oliveira, dado que depois de Castelo Branco se ter tornado sede da Ordem em Portugal, Tomar passou a simples Comenda e vigaria. Esta voltaria a ocupar o lugar que merecidamente a destaca na História deste País, só depois da Ordem de Cristo se ter mudado, da sua sede de Castro Marim, de regresso a ela, e de a ter dotado, através dos anos, com os edifícios arquitectónicos de beleza ímpar que hoje se contemplam e se distinguem: o convento com as suas particularidades únicas.
Castelo Branco, e o seu castelo templário, por sua vez, entraram num processo de declínio e desagregação, de que só há pouco mais de um século conseguiram reerguer-se e remodernizar-se, depois de todas as vicissitudes que, através dos anos, quase os destruíram por completo. O castelo, principalmente, ainda a precisar de urgentes trabalhos arqueológicos não só de recuperação da sua morfologia — muito coberta pela terra de séculos — e, por consequência, torná-lo bem mais visível aos olhos dos que o visitam, mas, muito principalmente, ser estudo e documento escrito e visual, feitos por arqueólogos competentes, a partir dos vestígios e elementos encontrados, que são muitos e variados naquele grande campo de pesquisa. Não só no terreiro, mas nas vertentes que o marginam. E há que aproveitá-los sem os procurar destruír, para orgulho de uma cidade que se deverá contemplar orgulhosamente num tempo, e na História, que a soube fazer erguer.
Até breve.
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