Assalto a castelo.
Os decretos papais, sobre a Cruzada, de imediato começaram a publicar-se. Este apelo comunicou-se a todos os reinos europeus. Resultou assim que obtivesse uma resposta tão pronta quanto entusiástica de muitos, já que apelara para a consciência e motivos então predominantes: a inabalável fé e religiosidade; o amor pela aventura e pela luta; e para muitos, a grande maioria dos cavaleiros, o de poderem melhorar materialmente as suas vidas, já que, no fundo, o interesse ao apetecido saque, por poder ser proveitoso, predominava e era ambicionado. A lei mercenária vigoraria, como nunca, em pleno.
A demanda da terra que viu nascer e morrer Cristo — por isso mesmo Santa — a luta contra o muçulmano, a que chamavam, depreciativamente, «infiel», aliado à necessidade de pôr em prática o juramento da fé, pela honra e pela espada, eram o dever e o culto mais importantes para o cavaleiro da Idade Média (1) em toda a Europa. O espírito da cruzada acentuou ainda mais esta demanda e todo aquele que nela participasse devia trazer cozida uma cruz de pano nas suas vestes. (2)
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 38.]
Notas do Autor:
(1). — Deveras clara, a opinião que Oliveira Martins manifesta sobre a Idade Média e dos conflitos que opunha homens, fé, e deveres: No seio da barbária corrupta em que se revolvia, a Idade Média tinha, porém, não só o instinto dos deveres, inato nos homens, como o medo dos castigos divinos pregados por uma religião que até para o próprio clero baixara às condições de um quase fetichismo.[Oliveira Martins, História de Portugal, p. 73.]
(2). — Assim teria nascido o termo «cruzado».
Os decretos papais, sobre a Cruzada, de imediato começaram a publicar-se. Este apelo comunicou-se a todos os reinos europeus. Resultou assim que obtivesse uma resposta tão pronta quanto entusiástica de muitos, já que apelara para a consciência e motivos então predominantes: a inabalável fé e religiosidade; o amor pela aventura e pela luta; e para muitos, a grande maioria dos cavaleiros, o de poderem melhorar materialmente as suas vidas, já que, no fundo, o interesse ao apetecido saque, por poder ser proveitoso, predominava e era ambicionado. A lei mercenária vigoraria, como nunca, em pleno.
A demanda da terra que viu nascer e morrer Cristo — por isso mesmo Santa — a luta contra o muçulmano, a que chamavam, depreciativamente, «infiel», aliado à necessidade de pôr em prática o juramento da fé, pela honra e pela espada, eram o dever e o culto mais importantes para o cavaleiro da Idade Média (1) em toda a Europa. O espírito da cruzada acentuou ainda mais esta demanda e todo aquele que nela participasse devia trazer cozida uma cruz de pano nas suas vestes. (2)
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 38.]
Notas do Autor:
(1). — Deveras clara, a opinião que Oliveira Martins manifesta sobre a Idade Média e dos conflitos que opunha homens, fé, e deveres: No seio da barbária corrupta em que se revolvia, a Idade Média tinha, porém, não só o instinto dos deveres, inato nos homens, como o medo dos castigos divinos pregados por uma religião que até para o próprio clero baixara às condições de um quase fetichismo.[Oliveira Martins, História de Portugal, p. 73.]
(2). — Assim teria nascido o termo «cruzado».
Até breve.
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