Dado este ambiente de agitação, não admira que os nobres portugueses, ao contrário do que acontecia na época anterior, tivessem começado a emigrar mais frequentemente. Em certos casos por razões políticas, ao abandonarem a corte régia e procurarem a protecção do rei de Leão, como aconteceu, antes de mais, com os infantes Pedro Sanches, que se acolheu à corte de Afonso IX de Leão, e Fernando Sanches, que foi para mais longe, para a corte da Flandres, onde vivia sua tia Matilde, e ainda com o bastardo Martim Sanches, que também foi recebido de Afonso IX. Este último viria depois a pegar em armas para atacar o rei português, invadindo o nosso território a partir da Galiza e destruindo tudo à sua passagem até travar combate com outros nobres fiéis ao seu senhor. (1) Martim Sanches era incitado pelo arcebispo de Braga, Estevão Soares da Silva, que também entrara em conflito com o rei e que se retirou igualmente para o reino de Leão até ao fim do reinado de Afonso II.
[José Mattoso, A nobreza medieval portuguesa no contexto peninsular, Naquele Tempo, Ensaios de História Medieval, Vol. 1, p. 328.]
Nota do Autor:
(1). — Ver as importantes anotações de L. Krus acerca da interpretação dos episódios narrados pelos livros de linhagens acerca da personalidade de Martim Sanches: 1994, pp. 78, notas 92 e 93; 249, nota 600; 265, nota 637; 266, nota 638.
[José Mattoso, A nobreza medieval portuguesa no contexto peninsular, Naquele Tempo, Ensaios de História Medieval, Vol. 1, p. 328.]
Nota do Autor:
(1). — Ver as importantes anotações de L. Krus acerca da interpretação dos episódios narrados pelos livros de linhagens acerca da personalidade de Martim Sanches: 1994, pp. 78, notas 92 e 93; 249, nota 600; 265, nota 637; 266, nota 638.
Até breve.
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