[Imagem do século XII existente na Catedral de Santiago de Compostela.]
A adopção, pela chancelaria de Afonso VI, logo a seguir à tomada de Toledo, do título de imperator totius Hispaniae, indica bem o papel que o rei de Leão e Castela entendia desempenhar. Reivindicando o imperium, ou poder supremo, o rei de Toledo deixava aos outros príncipes do regnum o cuidado de «reger» e de administrar os seus principados no quadro de uma hierarquia política. A adopção do título de «imperador» por Afonso VI (1072-1109) e por seu neto Afonso VII (1126-1157) apenas indica o seu programa político em Espanha, e não qualquer reivindicação perante o rei dos Romanos. «Este título — escrevia Isidoro de Sevilha, nas suas Etimologias —, distingue-o dos reis dos outros povos.»
O título não era só simbólico, e os reis que o reivindicavam pretenderam exercer efectivamente esse imperium sobre todo o território ibérico.
[Adeline Rucquoi, História Medieval da Península Ibérica, pp. 172-173.]
Até breve.
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