terça-feira, 22 de setembro de 2009

Invasão de Ali Ibn Yusuf, em 1140.

No entanto, uma nova invasão muçulmana, na primavera de 1140 [do emir Ali Ibn Yusuf (1)], faz a sua entrada pelo sul de Portugal, conquistando e devastando as linhas de defesa cristãs, tomando e arrasando o [recentemente] construído castelo de Leiria — o alcaide D. Paio Guterres, desta vez, não consegue fugir nem juntar-se às tropas do rei, em Coimbra, como o fizera aquando da conquista de Leirena (2), ficando prisioneiro (3).
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres
[1124-1314], A presença templária em Portugal, pp.65-66, notas 146 e 147.]


Notas do Autor:

(1). — Duarte Galvão, na Crónica de D. Afonso Henriques [pp. 119-120], denomina-o el-Rei Ismar. O que parece historicamente mais correcto é que esta invasão tenha sido comandada por um dos filhos do califa, o emir Ali Ibn Tashufin, que estava instalado em Sevilha. [Bernard F. Reilly, Cristãos e Muçulmanos, a luta pela Península Ibérica, p. 250].
(2). — Castelo existente entre Santarém e Ceras [este, encontrava-se a cerca de uma a duas léguas onde se construiria o de Tomar] que em 1137 foi completamente destruído pelos muçulmanos, após uma defesa desesperada das forças cristãs, morrendo mais de duzentos homens de armas, entre cavaleiros e fidalgos de estirpe, mas conseguindo Paio Guterres, seu alcaide e fronteiro, sabe-se lá como, escapar.

Nota nossa:

(3). — Crê-se que depois de aprisionado D. Paio Guterres foi levado acorrentado, inicialmente, para Sevilha, e mais tarde para uma cidade do norte de Marrocos. Aí perde-se-lhe o rasto e o seu lugar de sepultura
.
Até breve.

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