domingo, 13 de julho de 2008

A Regra d'Ouro

Encontrei num livro que fala sobre templários em Portugal, esta bela citação de Alexandre Herculano:
Os monges cavaleiros, cujo entusiasmo e valor em parte nenhuma se desmentiam e cujo instituto era a pelejar sem descanso contra os sectários do islamismo, haviam em pouco anos mudado o aspecto daqueles arredores. Cobriam então extensos bosques e matos a tracto de terra que hoje constitui a Estremadura alta, e Afonso Henriques devia ceder com facilidade estes desertos, que eram como barreira natural entre as duas raças inimigas, a essa Ordem composta inteiramente de esforçados homens de guerra. Com a espada numa das mãos e com a enxada ou altrião na outra, eles foram gradualmente contendo ou castigando as correrias dos sarracenos e desbravando ou povoando aqueles arredores.
Elequente observar-se o pormenor da descrição. Não me parece, e Herculano que era tão justo no pormenor e na essência, que ele alguma vez tivesse falado de rituais simbólicos e crenças esotéricas observadas pelo monges-guerreiros desta Milícia.
Apenas num pormenor Herculano não está inteiramente correcto: a arma utilizada pelos templários era fundamentalmente a lança, instrumento de morte tão temível para os adversários com quem pelejassem. Evidentemente que tinham espadas e punhais. Mas a arma de eleição para o Templo, por aqueles anos, era a lança.
Por outro lado, se atentarmos bem em qualquer dos parágrafos porque é regida a Regra, que os monges-guerreiros observaram rígida e escrupulosamente, vemos que não há cabimento para qualquer destas práticas, a não ser as que correspondem ao que a Igreja de Roma, pelo punho de S. Bernardo de Clairvaux, lhes disse para praticarem ao mais alto grau: a sua-própria observância e manifestação.
Tão só!

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