sábado, 19 de julho de 2008

Uma passagem de Os Templários, de Régine Pernoud.

Hoje lembrei-me de respigar uma passagem do livro Os Templários, de Régine Pernoud, pp. 60-61 (2ª edição), quando ela lembra a construção, em forma octogonal, da charola do Castelo de Tomar:
No entanto, é na Península Ibérica que hoje em dia se encontram os exemplos mais impressionantes de igrejas tendo realmente pertencido à Ordem do Templo e construídas sobre planta circular: a igreja dita da Verdadeira Cruz, em Segóvia [Espanha], e a charola de Tomar, em Portugal. Nestas regiões, onde a Ordem do Templo era levada a manifestar-se na sua função guerreira, como na Terra Santa, as construções são fortalezas, como as que encontramos no Oriente ou em raros casos como o do Templo de Paris, que era a «casa principal», uma das casas principais da Ordem. No que se refere ao edifício propriamente religioso, a igreja de Segóvia, consagrada em 1208, foi intencionalmente construída para recordar o Santo Sepulcro de Jerusalém (e não o Templo de Salomão!); continha uma famosa relíquia da Verdadeira Cruz, que São Fernando [ o rei Fernando III de Leão e Castela], rei de Espanha, veio venerar. A charola de Tomar, essa, foi construída em diversas campanhas sucessivas, o andar inferior em planta octogonal, em seguida o deambulatório comportando dezasseis vãos.
Para concluir, a forma circular, embora se encontre, por vezes, na arquitectura religiosa dos Templários, não pode, de maneira nenhuma, ser considerada como uma das suas características. [Publicações Europa-América, Mem Martins, s/d. (1996?)]
Queremos, desta forma, fazer interessar quem se debruça pela morfologia histórica e pela essência viva, que é aquela que verdadeiramente deverá interessar a quem estuda a Ordem do Templo, na generalidade, e em particular, em Portugal.

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