Nos inícios do século XVI, era ainda nebulosa a imagem do reinado de D. Afonso III. Desconhecia-se o ano do nascimento do rei e até 1245, isto é, para o período da sua estada na corte francesa, estávamos reduzidos às breves e confusas notícias veiculadas pela Crónica de 1419. E se o conhecimento da documentação pontifícia permitira enquadrar melhor a deposição de D. Sancho II e algumas das peripécias da guerra civil de 1245-1247, no período de governo do monarca a atenção virara-se quase em exclusivo para a questão algarvia, na dupla vertente da sua conquista — por intermédio da incorporação na crónica régia do relato das façanhas do mestre de Santiago D. Paio Peres — e dos diferendos com Castela a propósito da sua posse.
É sobre esta base que irá operar a historiografia moderna.
[Leontina Ventura, Introdução, D. Afonso III, p. 19, Círculo de Leitores, Lisboa, 2006.]
Até breve.
É sobre esta base que irá operar a historiografia moderna.
[Leontina Ventura, Introdução, D. Afonso III, p. 19, Círculo de Leitores, Lisboa, 2006.]
Até breve.
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