(…) em 23 de Janeiro de 1206 já a Ordem do Templo era governada por D. Fernando Dias (cf. DS, doc. 162). Este também não permaneceria muito tempo à frente dos destinos dos Templários, pois em Setembro de 1208 já a Ordem conhecia o novo Mestre, D. Gomes Ramires (cf. DS, doc. 239), que viria a falecer em 19 de Julho de 1212 (?), como nos revela o seu epitáfio que se conserva, em muito mau estado, na Igreja de Stª. Maria dos Olivais (1).
[Mário Jorge Barroca, A Ordem do Templo e a arquitectura militar portuguesa do século XII, p. 181.]
Nota do Autor:
(1). — Cf. Mário Jorge Barroca, Epigrafia Medieval Portuguesa (862-1422), vol. II, tomo I, Porto, 1995, Insc. Nº. 267, pp. 539-542. Se a leitura da data desta epígrafe está correcta, como julgamos, e se não houve engano do lapicida aquando da criação do letreiro, é impossível que D. Gomes Ramires tenha falecido em consequência de ferimentos recebidos durante o cerco de Úbeda (que decorreu entre 20 e 22 de Julho de 1212), depois de ter participado na Batalha de Navas de Tolosa (18 de Julho de 1212), como se pretende nos Annales Portucalenses Veteres, onde se regista a sua morte no dia de Santiago (25 de Julho) do ano de 1212 (cf. PMH, Scriptores, p. 3; António Cruz, Anais, Crónicas e Memórias Avulsas de Santa Cruz de Coimbra, Porto, 1968, pp. 72-73, e como pretendem diversos autores (cf., por exemplo, fr. António Brandão, Monarquia Lusitana, vol. IV, Lisboa, 1832, p. 72). Ganharia, pelo contrário, algum peso a possibilidade de ter falecido em consequência de ferimentos recebidos durante a própria Batalha de Navas de Tolosa, travada três dias antes da sua morte. D. Gomes Ramires foi, de resto, a pessoa a quem D. Afonso II confiou o comando das forças portuguesas que se deslocaram a Navas de Tolosa.
[Mário Jorge Barroca, A Ordem do Templo e a arquitectura militar portuguesa do século XII, p. 181.]
Nota do Autor:
(1). — Cf. Mário Jorge Barroca, Epigrafia Medieval Portuguesa (862-1422), vol. II, tomo I, Porto, 1995, Insc. Nº. 267, pp. 539-542. Se a leitura da data desta epígrafe está correcta, como julgamos, e se não houve engano do lapicida aquando da criação do letreiro, é impossível que D. Gomes Ramires tenha falecido em consequência de ferimentos recebidos durante o cerco de Úbeda (que decorreu entre 20 e 22 de Julho de 1212), depois de ter participado na Batalha de Navas de Tolosa (18 de Julho de 1212), como se pretende nos Annales Portucalenses Veteres, onde se regista a sua morte no dia de Santiago (25 de Julho) do ano de 1212 (cf. PMH, Scriptores, p. 3; António Cruz, Anais, Crónicas e Memórias Avulsas de Santa Cruz de Coimbra, Porto, 1968, pp. 72-73, e como pretendem diversos autores (cf., por exemplo, fr. António Brandão, Monarquia Lusitana, vol. IV, Lisboa, 1832, p. 72). Ganharia, pelo contrário, algum peso a possibilidade de ter falecido em consequência de ferimentos recebidos durante a própria Batalha de Navas de Tolosa, travada três dias antes da sua morte. D. Gomes Ramires foi, de resto, a pessoa a quem D. Afonso II confiou o comando das forças portuguesas que se deslocaram a Navas de Tolosa.
Até breve.
Sem comentários:
Enviar um comentário