Rivalizando com a nobreza condal, os infanções portucalenses, cujos principais representantes eram as famílias da Maia, Sousa, Riba Douro, Baião e Bragança, vinham distinguindo-se desde os começos do século XI na guerra da fronteira, obtendo aí os bens e o prestígio necessários à sua progressiva afirmação regional. Com efeito, tanto as incursões dos senhores de Riba Douro e Baião na região da bacia do Paiva como a conquista de Montemor-o-Velho em 1034 por Gonçalo Trastemires da Maia, tinham preparado e tornado possível as posteriores conquistas de Fernando I no Aquém-Douro. Daí que a decadência dos condes portucalenses, como o seu ocaso na derrota de Pedroso, tivesse sido acompanhada pela emergência política dos infanções, para quem a realeza transferira grande parte dos poderes e prerrogativas que até aí atribuíra e reconhecera à nobreza condal.
[José Mattoso, Luís Krus, Amélia Andrade, O Castelo e a Feira, a terra de Santa Maria nos séculos XI a XIII, p. 127.]
[José Mattoso, Luís Krus, Amélia Andrade, O Castelo e a Feira, a terra de Santa Maria nos séculos XI a XIII, p. 127.]
Até breve.
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