Já no final deste século (XII), é o bispo D. Pedro Soares que, ao assumir o governo da diocese de Coimbra, vai iniciar como que um «levantamento» dos seus territórios e direitos e vai insistir denodadamente junto da Sé Apostólica no sentido da resolução desses problemas que se arrastavam.
É assim que, não se conformando com a última bula citada (1) de Celestino III (a que confirmava as igrejas de Ega, Redinha e Pombal aos Templários), aproveita a subida ao trono pontifício de um novo papa — Inocêncio III — para, de imediato, lhe fazer chegar as suas queixas sobre problemas territoriais que também visavam os domínios dos Templários na zona em questão (2). E, logo de seguida, ataca este problema frontalmente: pela bula Exposuit nobis, de 21 de Maio de 1198, vemos também que se queixara directamente contra os Templários, sobre a posse das igrejas de Ega, Redinha e Pombal.
[Maria Alegria Fernandes Marques, O litígio entre Coimbra e a Ordem do Templo pela posse das igrejas de Ega, Redinha e Pombal, Jornadas sobre Portugal Medieval, Leiria/1983, p. 362, Ed. Câmara Municipal de Leiria, Leiria, 1986]
Nota da Autora:
(1) — Justis petenctium desideris de 10 de Agosto de 1196.
(2) — Bula Innotuit nobis, de 14 de Maio de 1198. T. T. — Sé de Coimbra, D. E., m. 1, nº 24, or. c.s., M. Alegria F. Marques, ob. cit. pp. 17-18, nº 7. Queixara-se o bispo, para Roma, pela perda de um antigo privilégio de Inocêncio II à Igreja de Coimbra — quando ainda parte da diocese de Coimbra (a sua parte meridional) estava em poder dos infiéis, Inocêncio II (1130-1143) concedera-lhe as igrejas de Lamego e Viseu, ainda não restauradas, e até que ela recuperasse a parte em poder do infiel.
No entanto, após a reconquista integral da diocese por Afonso Henriques, este não cumpriu o determinado pelo papa, mas antes, por sua iniciativa, deu parte dela ao Mosteiro de Santa Cruz, outra aos Templários e ainda restaurou as igrejas de Lamego e Viseu. De tudo isto D. Pedro Soares se queixara para Roma. (Nota nº 76, p. 362.)
É assim que, não se conformando com a última bula citada (1) de Celestino III (a que confirmava as igrejas de Ega, Redinha e Pombal aos Templários), aproveita a subida ao trono pontifício de um novo papa — Inocêncio III — para, de imediato, lhe fazer chegar as suas queixas sobre problemas territoriais que também visavam os domínios dos Templários na zona em questão (2). E, logo de seguida, ataca este problema frontalmente: pela bula Exposuit nobis, de 21 de Maio de 1198, vemos também que se queixara directamente contra os Templários, sobre a posse das igrejas de Ega, Redinha e Pombal.
[Maria Alegria Fernandes Marques, O litígio entre Coimbra e a Ordem do Templo pela posse das igrejas de Ega, Redinha e Pombal, Jornadas sobre Portugal Medieval, Leiria/1983, p. 362, Ed. Câmara Municipal de Leiria, Leiria, 1986]
Nota da Autora:
(1) — Justis petenctium desideris de 10 de Agosto de 1196.
(2) — Bula Innotuit nobis, de 14 de Maio de 1198. T. T. — Sé de Coimbra, D. E., m. 1, nº 24, or. c.s., M. Alegria F. Marques, ob. cit. pp. 17-18, nº 7. Queixara-se o bispo, para Roma, pela perda de um antigo privilégio de Inocêncio II à Igreja de Coimbra — quando ainda parte da diocese de Coimbra (a sua parte meridional) estava em poder dos infiéis, Inocêncio II (1130-1143) concedera-lhe as igrejas de Lamego e Viseu, ainda não restauradas, e até que ela recuperasse a parte em poder do infiel.
No entanto, após a reconquista integral da diocese por Afonso Henriques, este não cumpriu o determinado pelo papa, mas antes, por sua iniciativa, deu parte dela ao Mosteiro de Santa Cruz, outra aos Templários e ainda restaurou as igrejas de Lamego e Viseu. De tudo isto D. Pedro Soares se queixara para Roma. (Nota nº 76, p. 362.)
Até breve.
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