Vasta área doada aos Templários, em 1199, que englobava uma parte da Guidintesta hospitalária, com a qual a Ordem do Templo atingia, pela segunda vez, terras da Egitânia [inicialmente fora-lhe doado o Território da Egitânea]. Com esta doação os Templários acabaram por se tornar senhores de toda a Beira Baixa, ali construindo, além dos castelos da primeira concessão, os de Vila Velha de Ródão, Castelo Branco, Penamacor, Segura, Zebreira, Salvaterra do Extremo e Penha Garcia. O castelo de Penha Garcia, edificado em 1256, foi o último castelo que a Ordem do Templo construiu (1) na Beira Baixa.
[António Lopes Pires Nunes, Dicionário de Arquitectura Militar, Caleidoscópio, Casal de Cambra, 2005.]
(1) A palavra mais correcta, e que nos desculpe o eminente historiador, tenente- coronel António Lopes Pires Nunes, parece-me ser, possuiu ou reconstruiu e não construiu, já que este castelo foi doado à Ordem do Templo pelo rei D. Dinis, em carta datada de Lisboa, a 17 de Setembro de 1304, segundo nos esclarece José Manuel Capêlo na sua obra Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], p. 198, portanto, muito pouco tempo antes de que se soubera da prisão dos primeiros membros da Milícia em França. Sucedeu, em Portugal, que a grande maioria dos seus membros se ocultaram, com consentimento do monarca português, das vistas dos mais rapaces dos seus inimigos fidagais — a maioria do clero e uma parte da nova nobreza surgida com a aclamação de D. Afonso III, monarca que nunca mostrou simpatia declarada pela Ordem —, até que as deliberações reais fossem tomadas, como foram: na dissolução do Instituto em 1314 — já que em 1311 a finge extinguir, depois de receber a bula Callidis serpentis, de 30 de Dezembro de 1308, enviada pelo papa Clemente V — e na criação da Ordem de Cristo em 1319.
[António Lopes Pires Nunes, Dicionário de Arquitectura Militar, Caleidoscópio, Casal de Cambra, 2005.]
(1) A palavra mais correcta, e que nos desculpe o eminente historiador, tenente- coronel António Lopes Pires Nunes, parece-me ser, possuiu ou reconstruiu e não construiu, já que este castelo foi doado à Ordem do Templo pelo rei D. Dinis, em carta datada de Lisboa, a 17 de Setembro de 1304, segundo nos esclarece José Manuel Capêlo na sua obra Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], p. 198, portanto, muito pouco tempo antes de que se soubera da prisão dos primeiros membros da Milícia em França. Sucedeu, em Portugal, que a grande maioria dos seus membros se ocultaram, com consentimento do monarca português, das vistas dos mais rapaces dos seus inimigos fidagais — a maioria do clero e uma parte da nova nobreza surgida com a aclamação de D. Afonso III, monarca que nunca mostrou simpatia declarada pela Ordem —, até que as deliberações reais fossem tomadas, como foram: na dissolução do Instituto em 1314 — já que em 1311 a finge extinguir, depois de receber a bula Callidis serpentis, de 30 de Dezembro de 1308, enviada pelo papa Clemente V — e na criação da Ordem de Cristo em 1319.
Até breve.
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