D. fr. Gualdim Pais [1118-1195]
Sobre o local de nascimento de D. fr. Gualdim Pais há controvérsia declarada, já que, inicialmente, se lhe dera como lugar de nascimento a actual vila de Amares. Também se sabe que D. fr. Gualdim Pais era natural de Marecos, que não era mais do que um lugar onde se situa a actual Barcelinhos — povoação próxima de Braga e fronteira a Barcelos — e não de Amares, como ainda hoje se crê e esta vila faz menção e tem orgulho de divulgar. Julgo que mais por facilidade do que por razão, entendeu fr. António Brandão colocar Braga em vez de Barcelinhos. Sobre este assunto ver uma monografia de um natural de Amares, Domingos M. da Silva — autor da Monografia do Concelho de Amares —, que nos diz que haveria erro na denominação de Marecos como Amares, dado serem vocábulos inteiramente distintos e desde sempre inconfundíveis na toponímia portuguesa já que Amares vem a pronunciar-se e a escrever-se invariavelmente assim desde muito cedo (p. 82), isto é: desde os seus primórdios. Marecos seria — segundo afirma — a actual freguesia de Santo André, situada e identificada no antigo julgado de Faria — em terras de Santa Maria de Faria —, lugar próximo onde se levanta Barcelinhos, freguesia fronteira de Barcelos e de que hoje faz parte integrante como cidade. (p. 83) Poder-se-á deduzir que Amares nunca foi Marecos e que D. Gualdim Pais, se foi de Marecos, nunca foi de Amares? [Ob. cit., Amares — Marecos (Grave confusão), pp. 79-87.] Como este será um assunto para que o tempo o resolva, se os homens quiserem corrigir a História mal contada, deixemo-lo no pé em que está, porque alguém muito mais informado do que eu — sobre este tema específico — irá demonstrar o verdadeiro lugar de nascimento de D. fr. Gualdim Pais, que, na minha opinião, é, e continuará a ser, Barcelinhos.
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 77, nota 195, Zéfiro, Lisboa, 2008.]
Até breve.
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 77, nota 195, Zéfiro, Lisboa, 2008.]
Até breve.
1 comentário:
Parabens pelo excelente blog.
Apenas uma correcção Zéfiro não é Lisboa mas Sintra.
Cumprimentos,
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