segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A Ordem na gestão e defesa do seu património.

Graças à sua organização e à sua gestão ao longo dos séculos, a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo converteu-se numa grande potência. Possuía territórios em todos os reinos importantes da Europa e da Terra Santa, com comendas, bailíos, conventos e muitos outros pertences.
O crescimento rápido desta congregação provocou confrontos de diversa índole entre a Ordem e os monarcas — o poder temporal — e com a Igreja — representantes do poder divino na Terra. Os primeiros viam como a sua ideia original de conceder ao Templo territórios para a sua defesa e gestão, estava a converter a Ordem num poder incontestável, num verdadeiro perigo para os territórios dos próprios monarcas. Paulatinamente, os reis encontravam-se numa posição inferior aos monges. Por seu lado, a Igreja comprovava que nenhuma outra Ordem no mundo gozava dos privilégios que o Templo tinha obtido, de modo que uma organização religiosa militar começava a competir com ela. A Ordem nunca se confrontou directamente com nenhum dos máximos poderes e soube ceder, nalguns casos, para continuar a manter determinados privilégios que a situavam num lugar de preferência. Mas quando teve que defender os seus interesses nos tribunais, fê-lo sem se esconder, e as altas instâncias judiciais deram-lhe razão quando lhe pertencia. Nestas disputas também se pode observar que a diplomacia foi uma das grandes bases do Templo ao longo da História
.
[José Carlos Sánchez Montero, Apogeu e Decadência, Prisão e Julgamento da Ordem do Templo, Codex Templi, pp. 284-285.]

Até breve.

Sem comentários: