A implantação das Ordens militares nesta parte do país [nordeste transmontano] seguiu a tendência de expansão do complexo das relações senhoriais, como nos informam os inquéritos de iniciativa régia. A presença dos Templários em terras de Miranda remonta, como vimos, às origens do reino português. O contexto da invasão leonesa do século XIII veio alterar, no entanto, a exclusividade desta presença dos freires do Templo, centrada na posse dos castelos de Penas Róias e do Mogadouro. Aí tinham procedido os freires à construção de torres de menagem, inovação de fundamental importância que se prendia igualmente com o reconhecimento da suserania do rei. Seguiu-se-lhe a presença dos Hospitalários, a quem Sancho II doou o importante castelo de Algoso, que então funcionava como sede de toda a “terra” de Miranda. A fronteira oriental transmontana teria doravante nos cavaleiros do Templo e do Hospital importantes agentes da suserania do rei português, estendendo-se a sua presença senhorial com a posse de bens e direitos, em pequenos núcleos dispersos, pelo interior das terras transmontanas, com especial incidência nos vales férteis do Rabaçal e do Tâmega, do Sabor e da ribeira da Vilariça.
[Rita Costa Gomes, Castelos da Raia, Vol. II, Trás-os-Montes, p. 47, Ed. Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), Lisboa, 2003.]
[Rita Costa Gomes, Castelos da Raia, Vol. II, Trás-os-Montes, p. 47, Ed. Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), Lisboa, 2003.]
Até breve.
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