No ano de 1229 é dado um novo foral a Idanha-a-Velha. (1)
Igualmente o monarca português concede foral à ocupada (a) Elvas, em finais de 1230 ou inícios de 1231. Aqui, os Templários, que a ajudaram a ocupar, pelo lado norte, levantaram, pouco tempo depois, a ermida da Madalena, num local muito próximo da porta (2) que tomaram e por onde entraram aquando da ocupação.
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 127, bem como informações recentes que este investigador nos prestou.]
Notas do Autor:
(1). — Este foral não dá qualquer indicação de que se teriam aqui instalados colonizadores “Francos”.
Por outro lado a região não permanecia ermada, aquando da reconquista. A série de nomes árabes ou arabizados [v. g. Alcafozes, Alcains, Alpreada, Alpedrinha, Alcongosta, Alcaide, Alcambar (vale do), Alverca (ribeira de), Alcaria, ou Rapoula (de Ibn Arrapollo)], tudo isso indica. E estes nomes não devem ser devidos a povoadores moçárabes, como sucedeu nos arredores de Coimbra.
A reconquista do lado de Leão, ao longo da fronteira, fazia-se a um ritmo mais lento do que o português: devido a isso, só depois da conquista de Alcântara [1214], a região da Beira Baixa pôde começar o repovoamento com alguma paz e segurança.
Por isso foram repetidas as doações ao Templo e, para atrair colonos do norte do reino, os reis deram carta de foral com uma minuciosidade a contrastar com as do velho Condado Portucalense. Nelas não se prevê a interferência ou arbitrariedade dos senhores poderosos e os peões são equiparados aos cavaleiros vilões e estes aos infanções.
Idanha-a-Velha recebeu o seu foral segundo o da Guarda. [Fernando de Almeida (D.), ob. cit., p. 73.]
(2). — Esta porta ainda hoje [2007] tem o nome de Porta do Templo.
Notas nossa:
(a). — Como já fizemos referência, em nota anterior, Elvas não foi conquistada mas sim ocupada por contingentes das Ordens Militares do Hospital, Avis, Santiago e Templo, nos meses finais de 1230, acontecimento ocorrido pouco tempo depois da conquista de Mérida [Maio de 1230] pelas forças leonesas de Afonso IX, cujo infante português D. Pedro Sanches (b), futuro rei de Maiorca [1230] teve papel deveras importante no comando do exército do rei de Leão.
(b). — O infante D. Pedro Sanches era o segundo filho de D. Sancho I, de Portugal. Portanto, irmão do rei D. Afonso II, nesta altura já falecido, e tio de D. Sancho II, rei português vigente à altura destes acontecimentos.
Sobre esta figura deveras interessante, da história da Reconquista na Península Ibérica, principalmente actuante nos reinos de Leão e de Aragão, daremos oportunamente notícia.
Até breve.
Igualmente o monarca português concede foral à ocupada (a) Elvas, em finais de 1230 ou inícios de 1231. Aqui, os Templários, que a ajudaram a ocupar, pelo lado norte, levantaram, pouco tempo depois, a ermida da Madalena, num local muito próximo da porta (2) que tomaram e por onde entraram aquando da ocupação.
[José Manuel Capêlo, Portugal templário, Relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314], A presença templária em Portugal, p. 127, bem como informações recentes que este investigador nos prestou.]
Notas do Autor:
(1). — Este foral não dá qualquer indicação de que se teriam aqui instalados colonizadores “Francos”.
Por outro lado a região não permanecia ermada, aquando da reconquista. A série de nomes árabes ou arabizados [v. g. Alcafozes, Alcains, Alpreada, Alpedrinha, Alcongosta, Alcaide, Alcambar (vale do), Alverca (ribeira de), Alcaria, ou Rapoula (de Ibn Arrapollo)], tudo isso indica. E estes nomes não devem ser devidos a povoadores moçárabes, como sucedeu nos arredores de Coimbra.
A reconquista do lado de Leão, ao longo da fronteira, fazia-se a um ritmo mais lento do que o português: devido a isso, só depois da conquista de Alcântara [1214], a região da Beira Baixa pôde começar o repovoamento com alguma paz e segurança.
Por isso foram repetidas as doações ao Templo e, para atrair colonos do norte do reino, os reis deram carta de foral com uma minuciosidade a contrastar com as do velho Condado Portucalense. Nelas não se prevê a interferência ou arbitrariedade dos senhores poderosos e os peões são equiparados aos cavaleiros vilões e estes aos infanções.
Idanha-a-Velha recebeu o seu foral segundo o da Guarda. [Fernando de Almeida (D.), ob. cit., p. 73.]
(2). — Esta porta ainda hoje [2007] tem o nome de Porta do Templo.
Notas nossa:
(a). — Como já fizemos referência, em nota anterior, Elvas não foi conquistada mas sim ocupada por contingentes das Ordens Militares do Hospital, Avis, Santiago e Templo, nos meses finais de 1230, acontecimento ocorrido pouco tempo depois da conquista de Mérida [Maio de 1230] pelas forças leonesas de Afonso IX, cujo infante português D. Pedro Sanches (b), futuro rei de Maiorca [1230] teve papel deveras importante no comando do exército do rei de Leão.
(b). — O infante D. Pedro Sanches era o segundo filho de D. Sancho I, de Portugal. Portanto, irmão do rei D. Afonso II, nesta altura já falecido, e tio de D. Sancho II, rei português vigente à altura destes acontecimentos.
Sobre esta figura deveras interessante, da história da Reconquista na Península Ibérica, principalmente actuante nos reinos de Leão e de Aragão, daremos oportunamente notícia.
Até breve.
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