Curzon acreditava que houve pelo menos quatro revisões importantes da Regra, com muitos acréscimos. Nalguns casos, foram feitas modificações em partes anteriores da Regra, mas a estrutura apresentada aqui pode ser aceite como aquela que governou a vida quotidiana da maior parte da história templária.
Duas mudanças, possivelmente incentivadas por Robert de Craon, feitas na Regra Latina na primeira versão da Regra francesa, são de considerável interesse. A primeira diz respeito à estipulação na Regra Latina de um período de experiência de um ano para os cavaleiros recém-alistados; no parágrafo correspondente da Regra francesa, esse requisito desaparece, indicando um afrouxamento da disciplina e dos requisitos para fins de recrutamento no final da década de 30 do século XII (cf. §11). A mudança mais extraordinária, considerando-se o nosso conhecimento de acusações posteriores, é feita no segundo parágrafo: um trecho de frase na versão original (“… ademais, onde cavaleiros não-excomungados estão reunidos, vós deveis ir” (1)) torna-se exactamente o oposto na Regra francesa: “… ordenamos que ides aonde cavaleiros excomungados estão reunidos”. Essa alteração controversa gerou muitas tentativas de explicação, mas pode se considerada simplesmente uma indicação do poder dos Templários e do grau de independência relativamente ao controle eclesiástico que a Ordem já havia alcançado.
[Edward Burman, Templários: Os Cavaleiros de Deus, pp. 48-49.]
Nota do Autor:
(1). — “ubi autem milities non excommunicatos congregare auderint”.
Até breve.
Duas mudanças, possivelmente incentivadas por Robert de Craon, feitas na Regra Latina na primeira versão da Regra francesa, são de considerável interesse. A primeira diz respeito à estipulação na Regra Latina de um período de experiência de um ano para os cavaleiros recém-alistados; no parágrafo correspondente da Regra francesa, esse requisito desaparece, indicando um afrouxamento da disciplina e dos requisitos para fins de recrutamento no final da década de 30 do século XII (cf. §11). A mudança mais extraordinária, considerando-se o nosso conhecimento de acusações posteriores, é feita no segundo parágrafo: um trecho de frase na versão original (“… ademais, onde cavaleiros não-excomungados estão reunidos, vós deveis ir” (1)) torna-se exactamente o oposto na Regra francesa: “… ordenamos que ides aonde cavaleiros excomungados estão reunidos”. Essa alteração controversa gerou muitas tentativas de explicação, mas pode se considerada simplesmente uma indicação do poder dos Templários e do grau de independência relativamente ao controle eclesiástico que a Ordem já havia alcançado.
[Edward Burman, Templários: Os Cavaleiros de Deus, pp. 48-49.]
Nota do Autor:
(1). — “ubi autem milities non excommunicatos congregare auderint”.
Até breve.
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