Contudo na luta travada desde o início do seu governo com a nobreza, D. Dinis não utilizou apenas a resposta armada, tal como sucedeu em 1281, em relação ao infante seu irmão. Essa fora uma solução extrema, utilizada num caso excepcional que se pretendia apresentar como paradigmático e esclarecedor das intenções do rei em prosseguir a política de centralização régia iniciada com o avô e desenvolvida pelo pai. Depois desse aviso, o rei procurou outros meios de combater o senhorialismo nobiliárquico, procurando evitar que a nobreza visse na usurpação e apropriação dos direitos pagos ao soberano pelas populações do reino, a única solução para ultrapassar a sua então difícil situação económica, já que, finda a Reconquista e interrompido o fluxo de riquezas trazidas pelos saque se pilhagens efectuados nos arraiais e cidades do sul islâmico, ainda não fora encontrado um processo alternativo para travar a contínua baixa de respectivos rendimentos e consecutiva quebra do protagonismo político-social até aí detido no País.
[José Mattoso, Luís Krus, Amélia Andrade, Inquirições de D. Dinis, p. 50, O Castelo e a Feira, a terra de Santa Maria nos séculos XI a XIII.]
Até breve.
[José Mattoso, Luís Krus, Amélia Andrade, Inquirições de D. Dinis, p. 50, O Castelo e a Feira, a terra de Santa Maria nos séculos XI a XIII.]
Até breve.
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