A defesa de Coimbra é incrementada com a entrega de Soure aos templários e a construção do castelo de Leiria. A partir destas posições pode-se avançar para todo o tipo de acções militares, como sejam os fossados. Terá sido num destes fossados que os cristãos chegaram até Tomar, corria o ano de 1137. Aqui, talvez na zona do Almougadel — que o mesmo é dizer o local da contenda —, registou-se o embate entre as duas forças antagonistas, tendo os cristãos averbado uma derrota que ficou registada na Crónica Gothorum(1). Os ataques almoadas terão feito o monarca repensar a sua estratégia. Opta por consolidar posições e, nesse sentido, doa Alcobaça aos cistercienses em 1153 e em 1159 concede a região de Ceras aos Templários. Quanto a esta última doação era notório que a presença templária no Zêzere seria factor a ter em atenção pelos almoadas no caso de atacarem Santarém e Lisboa. A presença templária irá ser reforçada com a posse e construção dos castelos da Cardiga e Zêzere em 1169, a que se segue a fortificação fluvial de Almourol, iniciada em 1171. O acesso aos campos da Balata, a Soure e a Coimbra tornava-se mais problemático aos que viessem com instintos hostis.
[Ernesto José Nazaré A. Jana, Tomar e seu termo no séc. XII, Actas do Congresso, Vol. 4, p. 74, 2º Congresso Histórico de Guimarães, Ed. Câmara Municipal de Guimarães e Universidade do Minho, Guimarães, 1996.]
Nota do Autor:
(1) — Portugaliæ Monumenta Historica. Scriptores, vol. I, p. 12.
[Ernesto José Nazaré A. Jana, Tomar e seu termo no séc. XII, Actas do Congresso, Vol. 4, p. 74, 2º Congresso Histórico de Guimarães, Ed. Câmara Municipal de Guimarães e Universidade do Minho, Guimarães, 1996.]
Nota do Autor:
(1) — Portugaliæ Monumenta Historica. Scriptores, vol. I, p. 12.
Até breve.
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