Sobre o início da Ordem no Outremer
Os conquistadores [de Jerusalém] tinham ocupado cidades e fortalezas, mas o campo estava incontrolável. Existia, junto a ele, um défice de homens que agravava o problema; poucos eram os cruzados que permaneciam na Terra Santa depois de terem cumprido a sua promessa e o fluxo de colonos era demasiado lento para ocupar o espaço conquistado. A debilidade da fronteira meridional foi uma das razões que motivou o aparecimento da Ordem do Templo. [Luís Garcia-Guijarro Ramos, Papado, Cruzadas y Ordenes Militares, Siglos XI-XIII, Cátedra, Madrid, 1995.]
e os Primórdios da Ordem do Templo em Portugal.
Houve quem duvidasse se as Ordens da cavalaria na Península Ibérica teriam sido uma pura importação da Terra Santa. Pelo menos, H. Prutz pensou que precisamente em Portugal, muito antes que na Terra Santa, os templários tinham empreendido a guerra fundamental contra os pagãos, que por esse motivo se devia admitir uma segunda raiz para essa Ordem aquém dos Pirinéus, e que dum modo especial as circunstâncias de Portugal haviam sido determinantes para o desenvolvimento dos Templários e em geral das Ordens militares.
Depressa se contesta semelhante opinião. No entanto, os mais antigos autores declaram que já em 1126, e portanto dois anos antes do concílio de Troyes, os templários portugueses possuíam um grande domínio. [Carl Erdmann, A ideia de cruzada em Portugal, pp 30-31, Ed. do Instituto Alemão da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1940.]
Até breve.
e os Primórdios da Ordem do Templo em Portugal.
Houve quem duvidasse se as Ordens da cavalaria na Península Ibérica teriam sido uma pura importação da Terra Santa. Pelo menos, H. Prutz pensou que precisamente em Portugal, muito antes que na Terra Santa, os templários tinham empreendido a guerra fundamental contra os pagãos, que por esse motivo se devia admitir uma segunda raiz para essa Ordem aquém dos Pirinéus, e que dum modo especial as circunstâncias de Portugal haviam sido determinantes para o desenvolvimento dos Templários e em geral das Ordens militares.
Depressa se contesta semelhante opinião. No entanto, os mais antigos autores declaram que já em 1126, e portanto dois anos antes do concílio de Troyes, os templários portugueses possuíam um grande domínio. [Carl Erdmann, A ideia de cruzada em Portugal, pp 30-31, Ed. do Instituto Alemão da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1940.]
Até breve.
1 comentário:
Cumprimentos, Pedro Alvites.
Foi através do contacto dos monges de Sister (pelo Norte), com precisamente os tais "pagãos" da Peninsula dita (erradamente)Ibérica, que se tomou conhecimento de uma corrente cristã Sul-Mediterrânica -uma facção anti-Roma- cuja contestação era crescente contra a ostentação e o despotismo dos representantes católicos.
Daqui nasceu a idéia da formação de uma milícia que, de forma oculta e aproveitando a estrutura e a força da Igreja, tentasse criar uma nova sociedade, mais justa e mais fraterna. A oportunidade de combater os muçulmanos na Peninsula, e através da conquista de território, criar um novo país onde se pudessem lançar as raizes dessa nova idéia, foi demasiado tentadora. E o ideal Templário nasce daqui, muito tempo antes de se tornarem visíveis e conhecidos para a História.
Infelizmente, Roma tirou partido do seu poder e nas cruzadas contra os Albigenses, consegue partir a espinha dorsal do movimento contestatário.
A parte oculta da Ordem, que já se vinha afastando desde 1188, acaba por mergulhar na sombra, acompanhando os acontecimentos e de uma certa forma, guiando os destinos da organização.
Depois foi o que se sabe. A nobreza apodera-se dos mais altos cargos da Ordem, arrastando-a para a queda final através de jogos políticos, ganância e a traição final.
O resto da história da Ordem continua no domínio do oculto, tal como as forças que lhe deram origem.
Um abraço
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