Bernardo de Claraval
Estava S. Bernardo ocupado na lição dos Cantares e governo do seu mosteiro quando chegou de Portugal D. Pedro Afonso, meio-irmão de D. Afonso Henriques, trazendo consigo Frei Rolando, religioso de S. João de Tarouca “experto nas coisas de França” e um dos oito que S. Bernardo enviara de Claraval. São portadores de cartas do príncipe e do abade de Tarouca e nelas se relata a vitória de D. Afonso contra os mouros “por vontade divina”, como fora levantado rei por seus vassalos e como o monarca de Leão se mandara queixar ao Papa, dizendo não ser lícito a ninguém usurpar o título real, sendo vassalo de outro rei; e porque o negócio era importantíssimo, por dele poderem resultar guerras entre cristãos e por viverem entre mouros que então senhoreavam grande parte da Espanha, lhe pedia que negociasse com o papa Inocêncio II, junto de quem tinha tanto valimento, que lhe confirmasse o título real, ficando ele feudatário da Igreja e obrigado a pagar-lhe em cada ano certa quantia em moeda.
[Leonor Correia de Matos, A Ordem de Cister e o Reino de Portugal, pp. 27-28, Fundação Lusíada, Lisboa, 1999.]
Estava S. Bernardo ocupado na lição dos Cantares e governo do seu mosteiro quando chegou de Portugal D. Pedro Afonso, meio-irmão de D. Afonso Henriques, trazendo consigo Frei Rolando, religioso de S. João de Tarouca “experto nas coisas de França” e um dos oito que S. Bernardo enviara de Claraval. São portadores de cartas do príncipe e do abade de Tarouca e nelas se relata a vitória de D. Afonso contra os mouros “por vontade divina”, como fora levantado rei por seus vassalos e como o monarca de Leão se mandara queixar ao Papa, dizendo não ser lícito a ninguém usurpar o título real, sendo vassalo de outro rei; e porque o negócio era importantíssimo, por dele poderem resultar guerras entre cristãos e por viverem entre mouros que então senhoreavam grande parte da Espanha, lhe pedia que negociasse com o papa Inocêncio II, junto de quem tinha tanto valimento, que lhe confirmasse o título real, ficando ele feudatário da Igreja e obrigado a pagar-lhe em cada ano certa quantia em moeda.
[Leonor Correia de Matos, A Ordem de Cister e o Reino de Portugal, pp. 27-28, Fundação Lusíada, Lisboa, 1999.]
Até breve.
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