sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Propriedades em Sintra.

A origem das propriedades da Ordem do Templo em Sintra remonta a 1156 ou 1157, quando D. Afonso Henriques doou ao Mestre Gualdim Pais casas e herdades naquela vil (1). A inquirição de 1220 descreve esses bens, referindo, em Sintra, umas boas casas, tendas, duas vinhas, uma almoinha e um moinho de água. No termo, indica em Almosquer, um pomar, em Maceira (Manzanaria, no original), uma boa granja com quatro casais, no Vimieiro, uma herdade, em Almoçageme, outra herdade, na Adraga, outra, e em Revanque (2), outra com dois casais. Todo este património veio a integrar a chamada bailia do Templo em Sintra, cujos bens foram doados em 1267 a D. João Peres de Aboim, voltando à Ordem após a sua morte (1284 ou 1285) (3).
[José Manuel Vargas, O património das Ordens Militares em Lisboa, Sintra e Torres Vedras, segundo uma inquirição do reinado de D. Afonso II, Ordens Militares, Guerra, Religião, Poder e Cultura — coordenação de Isabel Cristina F. Fernandes —, Vol. 2, p. 111.]

Notas do Autor:

(1). — A. N. T. T. (Arquivo Nacional da Torre do Tombo), Livro dos Mestrados, fl. 66v, publ. D. M. P. (Documentos Medievais Portugueses), Docs. Régios I, doc. 257.
(2). — Na demarcação das paróquias de Sintra, em 1253 (publ. Francisco Costa, O Paço Real de Sintra, Sintra, 1980, pp. 57-59), é referida a herdade dos Templários em Revanque.
(3). — Francisco Costa, op. cit..

Até breve.

Sem comentários: