sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Propriedades em Lisboa.

Os bens dos Templários em Lisboa tinham sido confirmados por Bula de Urbano III, em 22 de Maio de 1187, que referia a «casa de Lisboa com todas as suas pertenças» (1), sem especificar de que propriedades se tratava. A inquirição de 1220 assinala, na freguesia de Santiago, umas boas casas com seu curral e outras duas casas, e, em Santo Estêvão, três tendas, lagares de azeite, e parte em casas e lagares de vinho. Nesta freguesia, temos uma notícia anterior, de 1200, de uma casa dos freires do Templo (2).
Nos limites do termo da cidade, os Templários detinham propriedades em Arroios (uma vinha), Lumiar (uma boa granja com dois casais), Malapados, perto de Chelas (vinha), Odivelas (granja com dois moinhos), Trigache (peça de herdade) e em Alpriate (3) (granja com salinas). Referências anteriores conhecidas, só para a vinha da Concha, mencionada em documento de 1197 (4)
[José Manuel Vargas, O património das Ordens Militares em Lisboa, Sintra e Torres Vedras, segundo uma inquirição do reinado de D. Afonso II, Ordens Militares: guerra, religião, poder e cultura — coordenação de Isabel Cristina F. Fernandes —, Vol. 2, p. 111, Edições Colibri/Câmara Municipal de Palmela, Lisboa, 1999.]

Notas do Autor:

(1). — Carl Erdman, Papsturkunden in Portugal, Berlin, 1927, doc. 118.
(2). — Maria Teresa Acabado, Inventário de Compras do Real Mosteiro de S. Vicente de Fora (Cartulário do Séc. XIII), Coimbra, 1969, doc. 53.
(3). — A comenda da Granja de Alpriate, em 1600, foi avaliada em 200 mil réis (Luís de Figeiredo Falcão, Livro em que se contém toda a Fazenda…, ed. 1859).
(4). — Documentos de D. Sancho I (1174-1211), vol. I, 1979, doc. 104.

Até breve.

Sem comentários: